De todas as dores que me dói, a que mais sangra, ou as que mais sangram, são os detalhes, pequenos e mínimos, sórdidos e afiados, que me entra carne a dentro e deixam um buraco que insiste em sangrar. Venho procurando muitas maneiras de estancar esse sangue, aos poucos ele deixa de jorrar, mas ainda sim as velhas navalhas o acertam e alguns pingos são derrubados diante de mim.
Talvez os momentos sangrentos tenham se tornado bem menos frequentes com o passar do tempo, o que me dá uma ideia otimista. Verdade seja dita, as navalhas vão perdendo a precisão com o passar dos dias, com o gasto delas. Ainda posso ser acertado, como diariamente sou, ou costumava ser, mas a dor vai diminuindo aos poucos. Ou vou me acostumando a ela com fácil tranquilidade.
Sabe o que é mais engraçado? É que depois de um tempo, as coisas parecem estar todas ok. É como se tudo tivesse tranquilo, como se tudo tivesse no seu lugar, é como se você não precisasse de nada pra jogar um sorriso fora, o que na verdade deveria acontecer. Parece que as coisas que te atingem são normais, que atingem aos próximos, é uma sensação estranha, mas que simplifica tudo e deixa a vida mais leve. Então acho que é por isso que deveríamos simplificar tudo, tirar a complexidade, resumir todo o mundo em um sorriso e um bom e velho, "Relaaaxa..."
"Por que não tentar isso tudo, se você só vai se lembrar uma vez?"
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algumas navalhas sempre estaram afiadas ;~
ResponderExcluireu confesso que tenho medo de tentar.
beijas fii ;*
não tento porque sou brasileiro, e dessisto sempre
ResponderExcluiré complicado, eu também sangro mais com detalhes, um bom dia torto, uma palavra dura, talvez machuque mais do que uma conversa cheia de navalhas, não sei porq.
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