terça-feira, 24 de novembro de 2009

Droga, eu não sei.

- Então o que você acha? As memórias são boas ou ruins?
- Droga, eu não sei, não sei se elas servem pra serem boas,ou pra serem ruins, se servem apenas pra te fazer ter certeza que existe, se são pra te torturar, te alegrar, como eu saberia?
- Mas você tem lembranças, não tem?
- É claro, como todos.
- Então elas são boas ou ruim?
- Depende, algumas talvez, outras não.
- E o que você acha que isso significa?
- Droga, eu não sei, não sei se o que eu fiz, foi certo, se o que eu vivi, valeu a pena, não faço ideia se estou aproveitando o espaço que eu tenho aqui nesse pseudo universo criado por nós mesmos.
- É provável que o conceito de aproveitar, seja variável, não?
- É provável, assim como é provável que eu esteja apenas com medo.
- Do que?
- Droga, eu não sei, não sei do que tenho medo, mas algumas coisas só parecem não ser pra mim, como por exemplo ser importante pra outra pessoa, parece que não nasci com esse talento, tanto quanto não nasci com o talento de conquistá-las, tudo só parece que me faz levar a terminar sozinho. Apenas eu.
- Sendo ruim como resposta, preciso dizer que devo ir embora. As noites são curtas aqui. Aí também.
- Uma coincidência, aquele que acaba de dizer que vai terminar sozinho, estava conversando, com ele mesmo, esquisito não? Acho que não há mais caminhos, ou ilusões a se tomar, talvez consiga me enganar até um dia terminar sozinho. Espero pelo menos chegar lá. Ou talvez não espero. Droga, eu não sei.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

And after all.



Acho que nunca vou mudar, talvez por fora, não sei
Acho que ainda vou estar com minhas velhas camisas xadrez
Fingindo pentear meu cabelo enquanto penso nas palavras
Enquanto acho que sei uma forma de te conhecer ou te achar

Ainda vou continuar usando os demais e prováveis
Nós vamos passar por tantas coisas juntos, eu sei
Essas coisas vão nos transformar no que nós somos hoje
Talvez dependa da gente o que iremos nos transformar, ou não

Sempre me achei diferente ou talvez sempre fui confiante
Mas a verdade é que quando te olho, minha cortina cai
E lá estou eu, nu, transparente, pra que toda a plateia me veja
Alguns irão sorrir, outros se emocionarem, outros tanto faz

Mas mesmo assim ainda vou continuar o de sempre
Mesmo que minha casa na praia seja destruída
Mesmo que o vento e o terremoto me levem pra longe
Mesmo, mesmo, mesmo...
Ainda serei o velho e paciente de sempre.

domingo, 22 de novembro de 2009

Tinha que ser assim?

Eu gostaria de entender se existe destino, ou é coincidência, se depende de nós mesmos ou não, pra que todas as coisas aconteçam. Você não para as vezes e imagina o que aconteceria se apenas uma palha fosse movida? Ou então parece tudo estar conectado, um ao outro, como se fosse tudo comum, você vê hoje alguém e amanhã algo relacionado essa pessoa ocorrerá, coisas assim, que as vezes até nos assusta de tão surreal. Mas se passássemos a acreditar em destino então poderíamos ficar apenas sentado esperando tudo? Realmente não sei.

Tudo parece um grande teatro. Um dia você sai, vai pra algum compromisso, se senta e começa a ler e então alguém lhe pergunta algo sobre o livro, e daí alguns meses você vai estar sob a luz do luar trocando confissões, talvez beijos. Não é loucura? Quero dizer, e se nesse dia você tivesse esquecido algo e não tenha conseguido chegar a tempo? E se você não estivesse com o livro na mão? Seria tudo um pretexto pra que as coisas acontecessem? Ou elas apenas aconteceram?


Coincidência, destino, respostas, motivos, fatos, mudanças, tempos, são eternas incógnitas que tendem a nos atormentar. Tal aspecto possa ser provavelmente pela vontade que possuímos de querer mudar tudo isso, pois certas coisas nós queríamos que acontecessem, outras não, certos momentos rezaríamos pra que todos os sinais da sua vida estivesse fechados ou então todos abertos, sabe-se lá. A grande verdade é que não se pode mudar nada, são fatos, só podemos viver, e tentar construir bons acontecimento sendo eles predestinados ou não, se forem, tudo bem, aproveitemos.

Se o destino existir, ele pode estar certo que certos momentos o odeio, já outros, nem tanto. Ruim é que não se pode esperar muito, sem ser pessimista, sejamos otimistas, mesmo que as decepções possam abrir grandes feridas, mas é melhor achar um bom jeito de curá-las do que viver esperando pouco da vida.


Que o amor um dia vença!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Seja leve.

Nós sempre agimos como se soubéssemos o que queremos, o que precisamos, pra onde vamos, ou coisas do gênero, mas o que aparenta no final do que conseguimos, do que acontece é que na maioria das vezes nem era exatamente aquilo que você desejava. Porém até você chegar a essa conclusão você já fez e falou muitas coisas, algumas você se arrepende, outras você lembra e sorri outras você lembra e chora. Normal. Faz parte.

"Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso.
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa.
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir.
Preso em marcha ré."


Como será que nós saberemos o que precisamos pra nos completar? Pra nos deixar felizes e suficientes? Acho que essa resposta não deve ter sido feita pra nós possuirmos. E esse fato vem justamente pra que tentemos tomar conclusões claras como a que a nossa suficiência já está dentro de nós mesmos, as pessoas que nos cuidam, que nos amam, a nossa vontade, idade talvez, saúde. Sempre temos um ponto positivo na vida, nem que seja mínimo, ou que só um, mas um ponto em que nos sentimos agradecidos, sim nós temos, basta enxergar.

Mesmo que nos decepcionemos com nosso ideias e conceitos em certas ocasiões, tudo bem, não acho que tudo foi feito pra dar certo, nem como foi tudo feito pra dar errado, assim aprendemos a valorizar os dois, a felicidade e a tristeza. Já que algumas conclusões como essa podemos chegar, vamos tentar encontrar outras e outras, jogar todos os pesos no mar e deixar essa viagem chamada vida mais leve :)



'Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu vou tentar te consertar"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um último talvez.

Estou agora deitado no meu quarto, olhando para o teto, como se fosse a tela de um cinema, onde os filmes que eu vejo não passam de lembranças. Meus lençóis parecem ondas do mar que estão a tentar me afogar. Minha cabeça gira enquanto ecoam sons que eu preferia nunca ter ouvido. Parece que minhas fichas desse parque de diversão se acabaram.

Continuo deitado. Meus olhos estão pesados, cansados, torturados. Penso que se apenas alguma coisa acontecesse diferente, tudo estaria diferente, tudo seria diferente. Penso, penso e penso e acabo me aprisionando, acorrentado, sem escolhas, sozinho, calado, olhando. Junto as mãos sobre o peito, aperto-as e as levo até a cabeça, faço delas um travesseiro, enquanto fecho os olhos vagarosamente, o efeito está chegando.

Sinto meu esôfago empurrar uma a uma, enquanto as correntes vão se quebrando, aos poucos, elo por elo, já nem sinto mais a cama, os lençóis agora parecem estarem todos frios demais pra minha pele tocar. Não movo um músculo, estou quase lá. Olho pela última vez pra folha de papel que deixei, o título dizia:
Talvez esse seja meu último inferno.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Doce sabor da alienação.

Há um bom tempo cheguei a conclusão, grande conclusão, de que achava a melhor coisa do mundo não ser um alienado, ou coisas do gênero. Entretanto, assim como tudo modifica o homem, minhas opiniões as vezes mudam, como essa está quase lá. O fato é que ser alienado é alguém que segue algo de olhos vendados, que não busca sua própria interpretação que está mais trancada no seu mundo do que qualquer outra coisa, mas por que isso seria ruim? Não vivemos pra sermos felizes? Ou tentarmos? Quando não se é mais alienado, você acaba se tornando um grande questionador.

Ultimamente não consigo crer em mais nada, tudo me parece falso e sem motivos. Não sei se isso provém da falta de alienação, mas isso me fez pensar que se eu fosse um alienado que gastasse meu tempo na frente de uma T.V. talvez tivesse um grande sentido em tudo que fizesse, poderia levar uma vida normal, pseudo feliz, seria uma espécie de droga, um entorpecente que me levaria até a minha realidade, a doce alienação.


Também não sei se isso significaria felicidade, pois felicidade nem conceito possui. Por algum motivo que ainda não descobri eu sempre escolho o caminho mais difícil, sempre as coisas piores são as que estão destinadas a me atravessarem o caminho, no começo pode ser divertido, mas depois de um certo tempo o difícil frequente se torna insuportável. E um dos caminhos difíceis que escolhi, foi não ser alienado, ter consciência demais. Bobo, burro, nunca imaginou que conhecimento demais só te faz perceber o quão inútil és.

Por enquanto vou mantendo meu escudo e espada ao lado, sentado, olhando pra tudo, esperando mais algumas batalhas, ou então afiando um pouco mais a minha espada pra a tornar certeira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Minha mente.

Creio que não verei sua face mais uma vez. Que pena, pude por instantes mergulhar nos doces olhos que de alguma forma você possui. Sou culpado de não termos nascidos talvez na mesma rua? Seria o destino? O que seria? Ei, talvez você até passaria por mim e me notaria, mas é provável que não, o provável vem vencendo há séculos. Desculpas.

Você vai se perder assim como tantas faces já me possuíram, mas por Deus, eu nunca pude possuí-las, como se o poeta estivesse certo ao dizer que é como se a felicidade recolhesse a mão pra não me alcançar. Entretanto ver seus risos e atitudes, só me fazem querer entender o porquê, o porquê de eu ser tão diferente, tão exigente, tão sem empatia, o porquê de eu ser eu.

Minha mente é como um mar profundo, onde os lugares mais sórdidos e frios eu prefiro que fiquem nas zonas em que nunca alcançaria, ou pelo menos luto pra não alcançar. Você não gostaria de nadar no meu mar, gostaria? Se ao mesmo tempo sou tão diferente, por que sou tão imperceptível?


É doce o gosto de imaginar situações em que você está, é amargo saber que são só imaginações.

domingo, 15 de novembro de 2009

Pensaria, Prometeria, Formularia, Gostaria.

Nós sempre pensamos num depois, certo? Sempre paramos e pensamos no que ainda pode acontecer, ou no que está pra vir, nós refletimos bastante sobre o que há de vir pra aí então podermos tomar algumas decisões, escolher algumas facetas, tristes ou alegres. Se nós pensamos em coisas boas a vir, escolhemos faces alegres, se pensamos em coisas ruins a vir, escolhemos faces tristes. Temos realmente essa escolha?

É de verdade bonito um mundo onde todos pensam nos outros, onde as coisas são reais, não são falsas. Eu estive pensando... Pra onde vão todas as promessas que fazemos e não cumprimos? E todas as coisas que deixamos de fazer? Todas as palavras? Um outro universo talvez? A vida, o decorrer de tudo, é uma coisa tão complexa. O nosso propósito é tão complicado de entender, afinal de contas pra que realmente existimos? Procriar? Existir? Sofrer? Lutar? O que?


Mar só, me leve só, ultimamente é o que sou.

Existem alguns momentos em que gostamos de estar sozinhos, talvez até deprimidos, um pouco auto destrutivo, mas não há nada mais justo que descontar a sua vida em si mesmo do que nos outros. Talvez não exista mesmo fórmula pra tudo que nós temos que viver, não existe mesmo um jeito certo. Isso é óbvio, todos sabem que não existe, mas sempre procuramos respostas, como se já houvesse algo certinho só pra nós seguirmos.

Gostaria de saber pensar no futuro, gostaria de visualizá-lo, gostaria de ter planos como vocês, gostaria de ter perspectivas, expectativas, gostaria de ter metas, gostaria de ter motivos, gostaria de ter amor, gostaria de ser amado, gostaria de viver, gostaria de sentir o sabor com vontade, gostaria de sentir um calor que me pegasse e me levasse, gostaria de ser normal, gostaria de escolher o fácil, gostaria que me ensinasse a acreditar de novo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A maior verdade sobre o tempo.


Expectativas vs. Realidade

Todo o tempo nós caímos, não há só uma linha tênue entre expecativas e realidade, há um abismo inteiro. E quanto mais conhecemos a realidade mais vamos nos tornando enrijecidos, como uma crosta de carangueijo. Diferente da criança que éramos, aprendemos a desconfiar, a odiar, a julgar, o que deveria ser exatamente o oposto.



Obs: Eu sei que ninguém liga muito pra os meus posts. Talvez só meus amigos que cobram de vez em quando. Mas eu vou me retirar do mundo por um tempo, valeu, é sempre bom ouvir os comentários de vocês me elogiando, espero ser um jornalista com metade do dom de cada um de vocês que vem aqui escrever. Foi bom, mas não tá dando pra mim ultimamente. Obrigado :)
A vida é dura.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Terceiro ano, registro.

Uma certa música uma vez perguntou:

"E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz?

Quem então agora eu seria?"


Talvez pudéssemos olhar e sem pensar muito, responderíamos: "Hum, que boa ideia voltar, há tanta coisa que queria não ter feito, há tanta coisa que queria ter feito..."


Bobos os que pensarem dessa forma, pois se gastássemos mais alguns segundos perceberíamos que tudo o que foi feito, falado, que saiu errado, que nos deixo pra baixo, foi o que nos ensinou as lições. Não aprendemos que é bom ter um amigo quando estamos num bar sorrindo com ele, mas sim quando perdemos um pai, por exemplo, e sentimos aquele abraço sincero que nos faz decolar pra um lugar em paz, divino, alegre e confiante.

Somos tão jovens e tão velhos também, pois quantos de nós na nossa idade não estavam há décadas lutando pelo simples ato de pensar e falar?


Então é exatamente pelo fato de sermos tão jovens que deveríamos correr atrás dos nossos sonhos, quaisquer que sejam. Um pintor talvez? Uma banda? Um mochileiro? Seja lá o que for, é preciso ser feito, pois não adianta esperar pra viver no futuro enquanto a sua vida vai passando.


Sim, nós podemos e conseguiremos, e aos nossos pais? Acho que obrigado seria pouco diante de tudo que nos é dado. Pode até ser que não demonstremos o amor e a gratidão certas vezes, mas sabe como são os adolescentes... Complicados... Entretanto se estudamos e cuidamos de nós mesmos já é por vocês, nossos pais, que nos fazem valer a pena.


Eis que depois de todos esses anos se você se olhar no espelho talvez vá poder se orgulhar, ver o que se tornou, estará ali conjunto a tudo que lhe foi feito, feliz? Talvez, não se sabe ao certo o que significa felicidade, mas se sabe da busca por ela que já é magnífica, que já é viver.


É... E bem, se não se orgulhar, lembrem-se:

Somos tão jovens.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Meu pé de feijão.

Minha querida, eu posso te plantar nesse copo com algodão?
Talvez você germine e queira me abandonar... fico receoso..
Eu posso lhe dar água, um copo grande e largo, um bom algodão.
Mas não é exatamente isso que você quer, certo? Você quer..
Você quer algo mais, você só acha que quer isso, mas quando tem, ignora.
Parece que você prefere uma floresta onde pode germinar pro alto.
Enquanto meu pobre copo se torna descartável como tantos.
Minha querida, foi por que eu esqueci de lhe regar ontem a noite?
Você ainda se lembra de quando pensou que poderia viver apenas ali?
Ou a grandeza da floresta fez meu universo parecer nada?
Assim como outros copos que desprezou?
Eu ainda levo meu copo no bolso, com menos água, menos algodão.
Minha querida, você levou minhas sementes embora.
Ah que pena, parece que não vou nunca vencer a floresta
Ela cresce mais rápido e parece daqui mais verde.
Será se meu copo ainda parece belo como antes era?
Me pergunto pelo fato de ainda achar suas folhas lindas como o vento
Perfeitas como o quebrar das ondas..
Foi o tamanho do meu copo? O tanto de água? O mundo? Não foi eu?
Minha querida, você irá germinar, longe daqui.. longe de onde estou..
Quanto a mim? Talvez eu canse de esperar o sol nascer mais uma vez.

É... acho que a floresta me espera até um dia...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Feito passarim.

"É de lágrima
Que faço o mar pra navegar

Vamos lá

Eu não vi, não, final!

Sei que o daqui
Teimou de vir

Tenaz assim

Feito passarim"


Nós evitamos chorar, certo? Nós, pelo menos alguns de nós, até mesmo sentimentais, acabamos despencando em certos momentos, acabamos pisando em falso em certas ocasiões, e não há outra maneira quando olhamos e não vemos nenhuma solução a não ser chorar, deixar jorrar toda as gotículas que representam cada agulha que passa por dentro da nossa margura.

Não sei se evitamos por vergonha, se por ter forças o suficiente, se achamos chorar uma espécie de desistência, ou algo como sendo a última das ações. Não sei bem ao certo. Mas o grande fato é que até os mais grandes e fortes choram, pois todos nós temos um ponto fraco, temos uma coisa, que nos derrubaria com um simples ato. Alguns podem ler isso e afirmar não ter, podem afirmar que não possuem algo que os façam perder a calma e desabar em choro, mas tem sim, a vida constrói dentro de você, até que você não queira. Nós nascemos pra sermos ferrados pelo que já fizeram há um tempo por nossas costas.

Então se todos podemos chegar ao ponto de nos encontrarmos sem mais ações, sem mais o que fazer, poderíamos ficar confortados de não sermos os únicos nessa condição? Er.. bem, creio que não. As vezes até diminui a sua angústia, ver as pessoas que te entendem, ver coisas piores que a sua, porém você não odeia o fato de que a porcaria das merdas serem todas ao seu redor? Quero dizer, não tem certos momentos em que parece você o escolhido pra tomar no... Todos os acontecimentos, todas as linhas parecem um segmento de porcarias feitas por alguém e coisas que não estão nenhum pouco certas. Como mudar?

Tudo isso é como estar num barco que está prestes a afundar, ele está cheio de buracos e tripulantes, você é um desses tripulantes, você tenta tapar um buraco no seu lado, vai tentando tapar outros, e enquanto o que você vê são os outros desfrutando banho do sol que lhes resta e sendo servidos. E no dia em que você desistir de tapar os buracos, o sol brilhará um pouco, o suco será servido, mas dentro de alguns instantes irá acabar, e iremos todos afundar, afundar... afundar....

"É de mágica
Que eu dobro a vida em flor
Assim
E ao senhor de iludir
Manda avisar
Que esse daqui
Tem muito mais
Amor pra dar"

E aos interessados, se houver, estou de volta, hehe.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Post sobre algo que nem eu sei.

Eu sei lá se eu te amo.
Nunca pude imaginar isso enquanto estava apenas vendo o tempo passar e aspirando felicidade contigo. Mas agora que não tenho mais isso tudo e que se foi, vejo que o um grande espaço ficou e o sofrimento tomou conta dele, e ao calcular o tamanho desse espaço não consigo entender como pude ter gostado tanto, beirando quem sabe até o amor.

Mas sei lá se eu te amo.
Na verdade eu sei poucas coisas, na verdade eu queria aprender e não ensinar. Ou talvez queria me equiparar ao professor, a poder dividir minhas experiências com você porque todas elas cabem numa caixinha onde toda nossa história poderia ser colocada. O tamanho dela não importa porque até num simples pedaço de papel podemos ter a história de anos a fio.

Talvez tenha sido eu burro demais em achar que tentando mais uma vez eu ia encontrar tudo que eu precisava, a vida é um jogo que às vezes nem apostando todas as suas fichas você encontra o que você precisa. Pelo menos eu sei o que eu preciso... Isso me faz saber que a tua falta é a doença e motivo de tudo isso.

Nem fugir pra austrália num barco à vela me faria esquecer que nos conhecemos no mesmo dentista, que você me prometeu um banho de piscina, que eu tinha pensado em um monte de dedicatórias pra escrever na capa do seu livro. Mas sei lá...

Mas sei lá, se eu te amo...
Acho que se amasse não estaria escrevendo isso, estaria aí, estaria correndo na sua direção e me desvencilhando de todas as pessoas que poderiam entrar na minha frente, devo estar escrevendo isso por ser fraco demais.

E por ser fraco demais você escorregou da minha mão como a areia escorrega entre os dedos, e agora eu sou uma criancinha chorosa por não conseguir manter toda a areia que preciso nos meus punhos.

Na verdade, eu nem sei se eu te amo... acho que não.
Só sei que só gostava de mim do teu lado. E de mais ninguém.


Ps100: O mundo parece enorme e cruel sem você.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sol nascer quadrado...

Acho que esse blog poderia voltar a ser despretensioso e com um caráter humorístico como antigamente.. então.

Meu Nome Não é Johnny.

Assisti ontem, confesso que com um tempinho de atraso já que saiu ano passado e tem o Selton Mello que é fodão. Enfim vamos às críticas..

Acho que o filme aborda um assunto que é bem pertinente hoje em dia. Não é mais um filme sobre um traficante com caras armados correndo em corredores estreitos de uma favela brasileira, é uma história sobre recuperação de uma vida em decadência.

João Estrella era um playboy do tipo que eu até acharia legal como um amigo, mas nem de longe gostaria de seguir o estilo de vida dele. Ele se vicia e depois de um tempo acaba virando traficante, primeiro pra ter dinheiro pra comprar o seu, depois começa a ficar ambicioso...

Um dia desses conversando com minha tia, ela falou o seguinte "Esses bandido tem que manda matátudo". Acho que eu deveria ter ficado calado. Me estressei de verdade.
Acho que a função da sociedade que corrompe os bandidos é com certeza prover uma recuperação à eles.
Ok eu sei que isso na teoria é lindo com arco-íris e todos de mãos dadas na prisão da maneira mais teletubbie possível.

Porém a vida não é uma utopia garotinhos. Na prisão você só se fode mais ou fode mais alguém/alguma coisa. Tendo em vista os recursos mal usados e mal distribuídos no país, somos alimentados por 'bolsas miséria' que servem como ópio para o povo. Quando os investimentos deveriam ser revestidos quase todos em educação... Um ladrão, se tivesse educação, dificilmente se tornaria um ladrão.
Acho que muitos já passaram do pior, e alguns anos na prisão não mudam a situação de forma que eles se sensibilizem, mas quem somos nós, a não ser cidadãos tão oprimidos quanto, para atirar pedras nos criminosos?


Pedras pro Sarney. Tenho dito.

"Tava escrito nos jornais, Bandido Johnny é preso.. Meu nome não é Johnny, é João.."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Oi. (E o valor da vida)


O xico(ou Fii como vocês chamam né) vai ficar um tempo sem postar, se eu não me engano, então a budega aqui é minha e agora faço dela o que quero, auhauhaua, então se preparem porque eu sou chato pra caramba e vou postar direto.

Não sei se eu tô em estado pra postar, ando meio deprimido, mas esse post vem sendo adiado tem algumas semanas e eu gostaria de partilhá-lo com vocês.. lá vai.

29/09/09

Esse post na verdade é uma tremenda coincidência. Antes de acontecerem as perdas dessa semana já havia pensado em falar sobre isso...
É basicamente sobre o quanto custa uma vida.
Andei pensando, tentando me colocar no lugar de Deus e refletir sobre as prioridades da vida e se alguém é melhor que outro alguém.

As pessoas são apagadas da nossa memória muito facilmente, e depois da sua morte isso fica ainda mais fácil.
O que seria mais justo, a morte de um idoso no fim da vida ou de uma criancinha recém nascida? É esse tipo de questão que eu acho pertinente ser discutida. Basicamente todos nós temos uma chance de morrer, talvez sem ter nunca amado, sem ter nunca feito sexo, sem ter nunca lido um livro. Por outro lado, a gente nunca quer morrer, então o idoso deveria morrer?



É, isso é complicado.
E vocês, que valores atribuem à vida? Escolheriam o idoso ou a criança?

Ah, oi.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Até um dia.


Nós nunca sabemos quando vamos ter que dizer Adeus, ou se ao menos poderemos dizer. Então raciocine menos.

Good,bye.

domingo, 1 de novembro de 2009

Pensamentos

É... andei pensando, e acho que eu talvez só escreva quando estou triste ou desanimado, pelo menos de uma forma realmente boa.. Ou seja quando as atualiazações demoram é porque estou numa fase legal, uma fase ok, sem muitas coisas pra desanimar, sem tanto pra pensar. Acho que as vezes me canso um pouco de tudo ao meu redor. Extremamente tudo. As vezes queria encontrar as respostas que tanto me confundem.

Gosto de ficar pensando um pouco sobre destino, sobre o que uma simples ação, um simples detalhe poderia ter mudado em um curso de uma história inteira. Grande fato é que exatamente agora me sinto exausto. Talvez acorde melhor amanhã. Talvez não. Nem sei o real motivo de escrever essas coisas aqui, quero dizer, por que isso me ajudaria?

Provavelmente eu ainda tenho a esperança de que alguém leia e possa me entender. Eu sou um grande complexo, difícil me compreender, não tão assim, basta ter força de vontade. Poderia transformar esse post em uma conversa triste regada a álcool num lugar bonito enquanto uma cama quente e preenchida me esperasse, poderia? É, acho que não.

E se eu dissesse que os meus dias tem sido como o final do último episódio do meu seriado favorito?
Eu li um diálogo que me chamou atenção vou tentar rescrevê-lo:
- Não sei, acho que estou numa fase realmente ruim, não sei como pensar dessa forma.
- Uma fase ruim? Então meus parabéns filho, logo logo virá uma boa maré pra você(...)

É incrível como escrever é bom, seria bom ter atenção as minhas palavras. Entretanto talvez tanto faz. Espero um dia poder ler tudo que já escrevi.


"Desconfiado das relações humanas e influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura."