segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Me leve com você

O som está ligado. Existem tantas coisas sobre o seu peito. Eu gostaria de eliminá-las todas. Elas estão sugando você, esqueça-as. Sempre foi assim. Onde você foi até agora? No mesmo lugar de sempre. Tantas faces e você está agora sozinho. Olhe adiante o que você causou a si mesmo. Eu queria poder te ajudar, mas eu não posso, ou não sei como fazer, ou poder talvez seja diferente de conseguir.

Eu só queria que tivesse sido como o que deveria ter sido, você não conseguiu, entretanto, você estragou como sempre faz, você é inútil, eu não consigo domar você, você não consegue me domar. Todos estão olhando pra nós agora, eles acenam pra nós, nós dois respondemos, mas apenas eu faço se quisesse, você apenas se infiltra, você se esconde, você me esconde, e quase ninguém me conhece.

Eu quero matar você, mas isso é impossível, é drástico, é insano. Por que nós não nos alinhamos? Acho que você está triste agora, eu também estou, nós sabemos, nós nos olhamos, nós conversamos, nós sentimos. Eles, as vezes, enfiam as facas em nós dois ao mesmo tempo, eles, as vezes, queriam me conhecer, mas você não deixa, você tem medo que me machuquem. Aconteceu uma vez, agora você me mantem trancado. Eu entendo você, nós nos entendemos, nós não nos salvaremos, nós precisamos de alguém, precisamos de alguém. Mas como?



Você não precisa se culpar
Pelas distrações inconstantes
Querida não fale assim o nome dele
Dedicado inteiramente à você

Meu oxigênio

Sabe uma coisa que eu não consigo viver sem? Oxigênio. Na verdade é música, não consigo passar um dia sem meu tocador de mp3, não posso passar um dia sem ouvir música, sou o tipo da pessoa que quando liga a tevê por assinatura coloca nos canais de música, e não saio desses canais.
Me arrepio ouvindo músicas, me emociono, mas não a ponto de chorar, só uma música muito foda pra fazer isso comigo. Acho que por isso aprendi a tocar violão, mas não sou viciado em tocar, aprendi faz 2 anos, mas só o primeiro ano é que eu tocava violão todo dia, e era um violão simples de cordas de Naylon, quando eu ganhei meu violão, um bom, eu fui deixando de lado, mas ainda toco bastante. Então, música faz parte da minha vida, é algo que eu não consigo abrir mão.

sábado, 25 de dezembro de 2010

O que você queria filho? A vida não é um parque de diversões. O tiro não resolve.

O meu cavalo não fala inglês.

Sabe o que seria bom? Conseguir formar uma frase inteira sincera. Isso deve vir das tantas facetas que a sinceridade possui, mas existe uma que não precisa de palavras, essa seria bom um dia alcançar. Não ser sincero é sobreviver, é achar que no próximo dia você vai acordar em outro lugar. É ver o que não se pode ver.

Me diz se eu posso te achar em qualquer lugar? Me diz se a sua face vem escondida numa garrafa verde. Até o espelho crucifica a desonestidade. Depois de um certo tempo, depois de você cortar a corda, o nó nunca voltará, ele se desfez, não adianta segurar as duas pontas, se quebrou, você precisa ir atrás de outros nós. O norte do cais do porto.



O senso comum sempre acerta, e não adianta você querer se sobressair. Ele te afunda, te afunda juto com tudo e com todos. Eu só queria poder sangrar, apenas poder.

Deixe-me ir preciso andar


Sabe o que é bom? ...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E se não fossem os amigos...


Faz muito tempo que eu não passo por aqui, não tenho muito o que lhes mostrar, eu consigo escrever mais quando estou pra baixo, espero que não seja o caso do meu amigo Fii, que posta sempre.
Não sei se pra todos é assim, conseguir se expressar melhor quando está triste, ou até mesmo quando está muito alegre, escrevendo, pintando, de qualquer forma, da melhor forma que você puder se expressar. De quando eu parei de escrever, pra agora, cresceu de seguidores, então muitos não me conhecem, então, muito que eu falo aqui, relaciono com a minha namorada, se bem que não é pra isso que eu devia estar escrevendo.
Aqui em Imperatriz, as coisas andam "desandadas" o que antes eram seis ou sete amigos, agora só são 2, já que o Fii foi pra São Luis fazer direito, está tenso pra ele também que está só, mas nós vamos estar sempre juntos mesmo que distantes. Bem, claro que nossa familia sempre está ao nosso lado, para nos apoiar, então aviso logo, que muito do que digo, eu não "conto" com a familia, porque não preciso, por exemplo, ficar dizendo que gosto de meus familiares, ou que pai é amigo pra toda hora, ou coisas do tipo, então digo, que quando você não tem ninguém, seus amigos estarão sempre aqui, mesmo que longe, tão perto.
Então é isso, dedico esse post aos meus amigos, eles sabem quem.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Não é sobre quem.

Quando você para e pensa e percebe que as pessoas que você tanto preza um dia irão te deixar, você para e pensa mais uma vez e chega à conclusão que você quer ir primeiro. Mas então você percebe mais uma vez que não vai adiantar, é provavelmente egoísmo demais. Quando você para e pensa e percebe que as pessoas que você tanto cuida um dia irão te deixar, você para e pensa mais uma vez e chega a querer abandoná-las, mas é difícil, talvez seja melhor elas fazerem isso, deixemos tudo pra depois.

Eu sinto falta de mim mesmo. Inconstância é o que se pode chamar de estado. São tantas lições inúteis, por que ninguém pode apenas explodir toda essa porcaria e acabar logo com todos vocês? Qual o sentido da vida? Qual é o sentido da vida? Você não odeia, também, perguntas tão dramáticas? Essa indução de culturas, conhecimentos, ceticismos e superioridades me afogam. Eu não sei de nada.

Nós morremos a partir do dia que vivemos. As minhas partes estão se perdendo, tudo que eu posso fazer é assistir. Quando eles me procurarem, por favor, diga-os que há certas coisas são simplesmente diferentes. Eu ainda não desisti, você também não, olhe aqui, eu posso te segurar até onde eu quiser, até onde eu tiver forças.

If only,
One of us
Had the guts tonight.
It's so hard to find the silent type.
Someone shy who won't spread the hype.
Your so cold; your in this crowd.
I am on my way now,
And the night has gone,
And I'm walking home.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Qual a diferença?

Tentar é arriscar-se ao fracasso.

Essa frase pode estar certa, mas ela não é assim construída, normalmente vocês me dizem entrelinhas que "Tentar é arriscar-se ao fortunio", eu, sedento por esperança, acredito assim como todos os marujos ao meu redor, indo mais uma vez a naufrágio, na mesma pedra, por que eu não penso? Por que eu sou um animal? Por que eu tenho emoções? Como eu responderia?

Seria doce se eu pudesse escolher onde pisar, se eu pudesse fazer-me, seria doce poder te contar tudo o que eu sei, seria doce se o que pintam nos quadros fosse a realidade, seria doce se minha mente não fizesse parte do meu corpo, seria doce transcender-me. Vocês escreveram tentando dizer algo, mas esqueceram de avisar. A sociedade cria todos os dias novas formas de exclusão...

Se todos pudessem me ver, eu não seria capaz de dizer uma mensagem. O que nós sentimos não é tristeza, é realidade. "Sinto lhe dizer, mas 5% da sua vida será alegria e 95% decepção, desculpas, essa é a verdade, eu não poderia esconder e ver você cair mais uma vez do meu bolso".



Que diferença? a vida é igual,
assim e eu não sei
Eu não sei...
Não sei...
Eu não sei..
Se isso é você.
Quem bate aí?
Se é pra eu te ver então deixa eu dormir.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Descarregue sua arma no meu coração


Eu gostaria de poder te dizer. Gostaria de ter o que dizer. Mas acho que sou tão vazio quanto as cores desse céu que nunca consegue me dizer nada. Sinto que a cada dia que passa eu quero mais e mais retomar os dias que se passaram. Isso pode ser resultado de boas ou más lembranças, mas provavelmente de um tempo em que minha mente era apenas um caroço de ervilha.

Queria poder atrair todos vocês, queria inventar algo nunca inventado, queria fazer algo diferente, mas até esse meu querer é comum. Você consegue me cuidar, me segurar, e eu só precisava abrir os braços, mas é tão difícil, tão difícil. Se eu pudesse simplesmente não ter que falar. Os desejos se confundem com ilusões. Elas te perseguem.

Isso tudo é triste demais? Denso demais? Talvez se você estiver agora sentado vendo TV, enquanto o resto do mundo está cumprindo horários. As horas passam num ritmo que só os pássaros conseguem sentir. Eles podem voar, eu achei que voaria, entretanto o máximo que alcancei foi umas horas de queda. Não existia nenhum final feliz.

O grande mito. Eu não consigo terminar nada.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Crack me.

You give me the fear. Falando como um simplório experiente que obviamente preferiria ser um efeminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender.O que fazer quando não se tem mais nada a fazer? Toda essa empatia se esgota, o gosto que as coisas vão perdendo é extremamente frustrante. Nada está mantido como iniciou, tudo se vai, se perde, desintegra-se. Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde minha primeira introdução a, digamos assim, ética envolvendo independência e o abraçar de sua comunidade, provaram ser verdadeiras.

I can't trust, I really want, I just can't. Apenas porque parece muito fácil se relacionar e ter empatia. Você mente quando olha e diz que é assim, eu olho e tento acreditar, mas minha mente não consegue me trapacear, porcaria. Como nós faremos? Eu ficarei aqui? I just wish I could feel that for real.

No more anything.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Isso é muito.


We are.


I am.


Jumping the bridge.

sábado, 13 de novembro de 2010

O novo, o velho, o novo, o velho.

Nós temos grandes mentes. Temos? Transtornos circulares de um universo novo a cada segundo. Temos mesmo um grande número de chances. O tempo está passando. Ele passa diferente agora, apenas diferente, não há como sabe se melhor ou pior. A maioiria das sensações irão simplesmente sumir, ou serem substituídas por tantas outras. Cuidado. Está bom agora?

Será se meu lugar estará lá? Será se eu sei o que eu quero? Será se eu devo ficar parado ou tentar mudar tudo? Será se há como mudar? Será se há como ficar parado? E agora? O que nós fazemos Joe? Logo, todos nós iremos.



Você tem agora, não perca.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Intoxicado.

Certas coisas são verdadeiras apenas se divididas, se creditadas por outros, talvez seja esse o motivo do ser humano raras vezes optar por uma vida solitária, isolada. Estar só te faz pensar em muitas coisas, te faz conhecer muito, entretanto, como tudo parece ser, nada é completo. Sonhos são tão difíceis, quero dizer, existem os fáceis, mas são pouco atrativos e por isso não se fazem valer. Qual é o limite da busca por algo?

São quase nulas as coisas que te fazem sentir completo, e se existir uma, e se você sabe qual é, e se ela pode ser alcançada, seja lá como for, acho que é isso que está fazendo você respirar. Então, por que abrir mão? Desistir de alcançar o que se quer, o que se almeja, se sonha, não é desistir de viver? Não é se matar? Não é apenas existir? Filosofias baratas que te fazem pensar que você evoluiu, mas apenas se retrai ouvindo o que a "sociedade" prega, seguindo junto dela, sem querer saltar.

Existe um grande problema sobre os conselhos, eles são teoricos demais. Mesmo que demore, você sabe que eu vou estar lá, e que tudo que eu disse aconteceu, de uma forma ou de outra, você vai olhar e tentar dizer algo, mas as palavras faltam quando se quer expressar a verdade. Intoxicado por toda essa sensação de sobrevivência, ser, sem ter, ver, sem analisar, comer, sem pensar, acordar, sem ter o porquê. O que se diz evoluído, não passa de uma alternativa de se esconder o retrocesso natural de todo indivíduo. As coisas, bem, elas acontecerão como vocês disseram, mas não da forma como vocês disseram, e essa forma está bem aqui.



Não deixe o animal passar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Now I walk.

Em alguns momentos dá-se a sensação de que nós vivemos a construir castelos de areia, é um tanto dramático, mas talvez seja realmente assim. De qualquer forma, os mesmos castelos quase sempre são frágeis, mas nem sempre isso quer dizer que eles desabarão, entretanto é preciso ter cuidado, a todos os instantes, para que ele não caia, para que continue sendo construído, e bem, construí-los dá muito trabalho.

Sabe-se lá o que acontecerá. Sabe-se lá até onde a água irá subir. Sabe-se lá. Não dá pra dizer um monte de coisas, mas dá pra imaginar, perguntar, o que se tem a fazer é seguir. Com nada, apenas a habilidade de pensar. Coisas, coisas, e mais coisas, todas elas irão sumir junto com toda essa fé crente, e a todos os momentos que isso acontecer é bom estar ciente, é bom ganhar algo de verdade. É bom entender o porquê. Ou talvez nem seja, o que seria bom pra todo mundo?

Acho que deveríamos apenas sermos. Apenas isso. Sermos e mais nada. "Agora eu caminho."

domingo, 17 de outubro de 2010

"Pra você guardei o amor"

Quando começam a faltar palavras pra escrever o que se sente, é quando você descobre realmente que o que você sente transpõe palavras.


Eu tentei te escrever uma carta, mas não deu muito certo. Se eu soubesse como, vou te contar agora, faria uma carta que pudesse abrir teus olhos, que contasse nossos momentos bons, sem parecer meloso ou babão, apenas que contasse as coisas boas e você ficasse aí do outro lado rindo e lembrando de tudo querendo voltar e viver de novo, que pudesse te lembrar as horas que tive ciúme , mesmo isso podendo parecer infantil e bobo, mas foi meu jeito particular de dizer que apesar de fingir, sou fraco e sem você eu não seria nada, daí na carta você veria a importância que isso tem.

Digitei "amor" no google e não achei nada, nem nenhum texto brega, que ficasse bom o bastante pra por na minha carta. Minha letra não era boa o suficiente pra você ler e se apaixonar, se você um dia pensou em me dar algum presente, eu só pediria uma coisa: continue me amando e se apaixonando por mim, pois isso é meu combustível diário.


Eu colocaria na carta também, as nossas brigas, pra gente enxergar o quanto é bobo, pois em vezes, nós amamos tanto um ao outro que chegamos em divergências bobas por causa disso, mas afinal de contas somos seres humanos sujeitos ao erro.

Ia colocar nossos momentos mais espontâneos e engraçados, até quando eu estivesse feio, não importa tanto ser feio se eu meu lado tenho alguém tão bonito, ninguém ia me achar feio sendo o par de alguém como você.

Eu faria uma carta que te fizesse sentir a menina mais especial do mundo, porém infelizmente não tem palavras mágicas, nem papel nem caneta especiais pra você poder sentir o que eu quero que sinta... então me desculpa, mas só posso te dar minha vontade de te dar isso...

Porém se te consola, estou sempre com a porta aberta pra provar com atitudes aquilo que não dizem as palavras.

Veneza...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Devagar.

Acho que sabe o que eu quero dizer quando fico calado. Acho também que tem um dom estranho de me deixar totalmente revirado. Como um daqueles globos de neve, me balança e aos poucos vai tudo voltando e ficando no seu lugar. Sinto que é estranho, incomum, mas não consigo ser indiferente. Me vê. Me ouve. Pode me sentir. Me tem.



É o que as vezes me faz querer voltar pra onde quis tanto fugir. Me contradiz. É imprevisível. É com paciência. Talvez calma. Sem medo. Com cautela. Eu não posso dizer o que desejaria. Ou provavelmente poderia dizer várias coisas. Se a complexidade desaparecesse, e apenas o momento existisse. Dias livres. Dias sem rótulos. Com curvas perigosas. Poderia fechar os olhos. Dormir.

"É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto."

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu não vejo.

Eu não vejo os seus olhos. Não sei se eles fogem de mim, ou se simplesmente não existem, mas eu não consigo enxergá-los. Eles estão em outra direção, me dizem poucas coisas, e dessas as conclusões que eu tiro não são encorajdoras. Eu me perco facilmente, pode ser isso o problema pra tanta dispersão, pra tanto sonho, pra tanto cansaço. Vou parar sempre onde eu não queria estar.

O calor afasta? O frio aproxima? Você tem certeza? Tem certeza que o frio aproxima? A prática da maioria das coisas me diz muitas outras conclusões. Talvez eu seja mesmo o motivo que faz essa roda não conseguir girar. Eu me transpareço e me fecho, porque o agir de um provoca a necessidade do outro, e assim sigo. 1994. Não. Não entende.

domingo, 10 de outubro de 2010

Grande cabeça de ovo.

Oh não, os discursos já não fazem mais sentido. Oh não, você não teve fé o suficiente. Fé? Isso mesmo. Eu tentei o quanto pude. Eu continuo tentando, mas eu sei que é tudo sem sentido. Tudo que eu ingeri. Vi. Senti. Tudo não parece ter sentido. Acho que definivitamente não serei o cara da TV. Longe disso, estou perto do ato em que alguém é posto de lado e simplesmente precisa estar lá como função completiva. Se ao menos pudesse saber o que há de errado, eu provavelmente não mudaria nada, porque é assim que o comodismo te leva a agir. Ou o impulso. Não sei.

Oh sim, mais uma vez. Oh sim, você está com medo. Essa parece ser uma chance perdida. Como saber? Eu queria que em alguns momentos tudo fosse apenas como eu quisesse que fosse. Eu queria em apenas alguns minutos que as expectativas se alinhassem com a realidade. Mas que porcaria de mundo platônico é esse? Por que Platão? Por que? Quando o garoto se perguntou, ele foi fraco demais, desistiu cedo demais. Conceitos e mais conceitos e mais conceitos. Qual a hora certa de desistir?

Você sorri e olha pra mim como se eu pudesse sorrir também. Você diz que os resultados, que eles virão, e que o que foi era pra ter sido. Mas eu não sou assim. E continuo a insistir na mesma tecla, não sei se sou inocente, irracional, de ainda acreditar que algo tão banalizado ainda possa permanecer. O ruim de não ser transparente, é que uma simples palavra pode ser algo que não deveria ser. Então é isso tudo o que eu vinha tentando alcançar? Então é isso que eu achava que resolveria problemas? Então não vai acabar nunca? Então deveria estar feliz pelo simples fato de ter te feito feliz? Então você não me conhece? Você me conhece? Tudo isso é clichê demais. Clichês não são nada mais que mentiras.



Sinta algo. Acerte-me. Agora. Veja algo. Coma algo. Tente morrer. Tente mais uma vez. Acorde. Tente abrir os olhos. Não consegue. O sol é claro demais. Eu deveria ter me trancado aqui pra não saber do que eu não preciso.

Onde foi parar aquela bala?

Perder ganhando é um terrível paradoxo, ou antítese? Qual a diferença? Acho que meus sonhos vão mesmo ficar pra depois, e todo esse sentimentalismo vai parar no lixo. E claro, junto com todo o idealismo. A crença e toda essa porcaria que eu já escutei, tudo não é nada além de nada. Mudar tudo pra que nada mude. Você é repulsivo.

Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.Você é repulsivo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Extremismo.

O problema é ser complexado demais. O problema é esperar demais. O problema é gastar muito tempo. O problema são tantos. As soluções podem ser só uma. Eu sei qual seria, mas com uma solução, mais um novo problema surge. Como conseguir alcançá-la? E todo o ciclo se reinicia. Nem anestesias são mais permitidas. Me dê um dia calmo.

Você precisa acreditar que eu tento nunca mentir. Talvez seja esse o ponto fraco, talvez seja isso que abre a vulnerabilidade, e faz de tudo um espeto perfeito e pontiagudo. Atingido por qualquer variação de estado. Exagerar. Complexar. Os extremos, nunca o médio. E assim deve ser.

'Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Du~a cousa confio e desconfio.

Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.

Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;

Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!"

Camões


I wanna be adored.

sábado, 25 de setembro de 2010

Eat me.

Não ser esperto o suficiente para tentar. Exaustão te consome. Queria poder ser mais direto e com minhhas palavras fazer-me claro, entretanto é complexo e arriscado demais se abrir tanto assim. Mesmo que seja bom enxergar dentro de outros, o que se vê dentro de si, não é saudável servir de instrumento. O uso resulta em desgasto, o desgasto resulta em desuso.

A mente luta o tempo inteiro por respostas e mesmo assim, mesmo o tempo inteiro na mesma atividade, não é sagaz o suficiente para deduzir coisas tão simples e óbvias. Todos esses detalhes mínimos depois de esclarecidos e juntados fazem sentido. A verdade é que o que você quer, eu quero ainda mais, porém, não posso deixar acreditar-se nos contos intermináveis. É preciso sentir agora, não depois, é preciso sangrar agora, queimar-se agora.



Não tentar ser o que acha que deve ser. O gosto é melhor quando é real, natural.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sem tempo.

"(...)Deseja ter a vida prolongada
Chorando do viver a despedida;
Com grande saudade da partida,
Celebra o triste fim desta jornada.

Assim, Senhora minha, quando via
O triste fim que davam meus amores,
Estando posto já no extremo fio,

Com mais suave canto e harmonia
Descantei pelos vossos desfavores
La vuestra falsa fé y el amor mio."


O que não existiu. O que você acreditou ou acredita é verdade? O que é preciso pra se tornar verdade? Depende de muito. Me pego a pensar e vejo que o que se acha hoje é o que se esquece amanhã. Muito do que é creditado será apenas um drama. O que podia ter existido talvez seja uma maior angústia. Jogar tantos jogos cansa rápido.

Vai ver nada é real, tudo é relativo. Mas se assim for, por que pensar? Por que existir? Isso não é real, aquilo não é real, nada é real. Desaparecer poderia ser tão mais fácil que fazê-lo aos poucos é muitas vezes adotado quando não se sabe mais como tentar de outra maneira. Matar-se lentamente, suicidar-se aos poucos, flagelar-se aos instantes, evaporar-se. Não jogue tanto, eu estou aqui.



Deixe de lado os erros. Nada é real. Abra-te.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Você sabe que eu sei que você sabe que eu sei no que você está pensando.

Ontem eu acordei triste. Não conseguia encontrar motivos aparentes, era apenas algo interior, não sei se em excesso ou em falta. O frio me seduz e me repulsa na mesma instância. Tão fácil as coisas poderiam ser e tão difícil elas são. A lei das probabilidades brinca comigo de todas as maneiras possíveis e cá estou. Destino meu amigo, você diz coisas estranhas. E as promessas ainda continuam sendo quebradas antes mesmo de serem feitas.

Eu encontrei aquilo que estava procurando, depois de todo esse tempo atrás, e como o velho clichê talvez não tenha acontecido nada do que deveria ter acontecido. Talvez ainda não está em tempo. Provavelmente deixar é o que se pode fazer. Não sei se isso tudo é uma fuga, uma busca, um objetivo, uma meta, um gol, eu não sei. Não sei se o que eu quero é o que acontecerá, não sei de absolutamente nada. Apenas sei do que é efêmero.

Desejar sentir os pequenos gostos, as pequenas sensações, desejar e ver concreto, estar perto e longe, conversar sem saber o porquê, calar-se e ouvir o silêncio, sentar e apenas olhar, sorrir, entristecer, endurecer, aquietar-se. Deve ser o que deve ser.



Derreter-se na chama do fogo amarelo. Assim como o sol, essa estrela irradia. Assim como o sol, é comum e não comum ao mesmo tempo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O medo

Nós podemos fazer um trato, você me mostra o que quer e eu te levo aonde você pretende. Nós podemos fazer isso certo. Nós podemos fazer agora, ou depois. Como sempre, queremos deixar pra depois e continuar caminhando. Rumando eu não sei onde. Eu sei que agora o lugar que habitas te faz sentir na pele a vontade de não pertencer a nada, enquanto isso, permaneço eu aqui prostático. Sentir na pele a vontade de não sentí-la.

O cuidado é necessário, pois a alma transcende e vê coisas que o corpo não poderia ver. A sua consciência é minha maior arma, e eu posso acioná-la a qualquer momento. Se fazes promessas a si mesmo, não te enganas porque o que não podes cumprir pra outros pra si não fará diferença. E a suas pernas continuam a se movimentar em compassos quase unidos de semelhança e leveza.

O medo que corrói meus ossos é o mesmo que parte minha mente ao meio e deixa dois lados completamente opostos. Um lado pode conseguir não se importar, embora o outro compense essa habilidade, preocupando-se demais. O medo, estar com medo, sentir medo. Se o poeta diz "tudo passa" deveria eu viver? Deveria eu temer? Deveria eu continuar? Você poderia ocupar tudo que quisesse, mas prefere se perder no salão de aminésia. O medo me corrói, me destrói e mina minha confiança.


"A construção durou dias
Durou semanas, demorou demais


Nosso héroi se retirou, quando havia dois
Ele não pôde escolher, então não havia nenhum


Desgastado no vagamente anunciado

O carrossel fez um som como um trem pelo vale
Enfraquecendo, oh tão quieto mas constante até que passou
Pela cadeia de montanhas distante
Escrito na sua passagem para lhe lembrar onde parar
E quando descer"

domingo, 29 de agosto de 2010

Do nada, pro nada.

"Angústia adolescente pagou muito bem
Agora estou entediado e velho
Juizes auto proclamados julgam
Mais do que eles venderam."

Preciso de tempo. Preciso pará-lo. Preciso ter a chance de olhar onde eu quero, dizer, ouvir, sentir, preciso. Você sabe o que eu preciso.

Velho, domado, ingênuo. Sozinho. Drogas por drogas. Aberração juvenil. Pedaços descontínuos. Lacônico. Restando.



Lá fora a música ecoa tudo que eu não queria ouvir. Estou aonde eu não posso estar, escrevendo o que não poderia escrever. Isso não devia mais existir. Por que?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pular e fechar os olhos.

Eu estou muito velho. Eu nunca estou pronto, existe sempre um muito ou pouco antes das minhas setenças, me separando de tudo aquilo que eu quero ou poderia ter. O que está errado? Talvez seja o mundo, talvez seja eu, o ar, o lugar, o agir, o... Eu posso dormir enquanto fecho os olhos, muito embora desejaria dormir enquanto os mantenho abertos vendo tudo aquilo que eu preferia não ver. Tragando tudo aquilo que eu preferiria expelir.

Nós sabemos o quanto é fácil as vezes. Estar fora de si tem suas vantagens desde que você nunca volte a si mesmo, ou pelo menos demora. Não é desejar não ser você, não é desejar que as coisas mudem, não é desejar outras coisas, é apenas sentir, tudo uma questão do que está sendo, não do que foi construído, ou premeditado. É assim que deveria ser tudo, real, normal, corriqueiro, espontâneo, apostas espontâneas, estados alterados, jogos perdidos, horas gastas, sorrisos amarelos.

Se é preciso desaparecer então faça com que o que você sente se torne uma pedra, dura, fria, sem alguma vida possível. Eu quero pular e poder fechar os olhos.



"O ar é como uma faca te cortando
Um quarto na casa está sempre quente
Estirado no chão do banheiro pensando
Sobre os belos dias que seu futuro pode reservar"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Puro.

Bem, eu caí. Eu caí pra trás. Caí e quando levantei não olhei pra cima. Apenas continuei e segui, me perguntando muitas coisas, se estavam olhando pra mim, se eu sou o que sou, se não continuo sendo uma cópia tentando não ser outra cópia. Minha cabeça estava pesada e quando eu me olhava não me reconhecia, mas eu acreditei em você quando me disse quem era eu, acrediei porque eu senti que devia. Devia?

Sabe, as vezes você acorda sabendo o que quer pra aquele dia, mas não pode ter o que quer, então você segue o dia inteiro, como se não ouvisse o som dos carros, como se não piscasse, como se seus olhos não fechassem, como se não se movimentasse, e apenas pensa, imagina, repensa, você sabe tanto o que quer por que não pode dar um passo? Porque não pode. Quanto para um pouco. Se pega desnorteado, sem saber onde foi parar.

São nesses dias que você queria muito não viver entre humanos, são nesses dias que você deseja apenas sobreviver, são nesses dias que você deseja apenas proteger, são nesses dias em que você não precisa se vestir, são nesses dias que você não quer nada, são nesses dias que tudo seria mais fácil, são nesses dias que os dias não estão aqui, são nesses dias que você não poderia estar só. São nesses dias.



Essa deveria ser a nossa selva.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vidas de paz

Já dissemos tchau tantas vezes, mas dessa vez foi diferente, dessa vez não foi tchau, dessa vez foi algo mais. Coisas que você só pode sentir, não pode explicar. Coisas que ficam em um universo onde apenas eu posso chegar. Preferi deixar pra trás. Sangrar até conseguir uma última gota válida.

O que será que tinha por trás daquelas palavras? Elas se juntam e se embaralham, formam frases, textos, anagramas, e eu continuo confuso. Talvez não foi só um tchau, talvez foi só um adeus. Daquela vez eu sabia que o sapatinho tinha descido pelo rio, daquela vez os olhares não se cruzaram mais.

Por que pensar tanto? Parece que tudo se torna um loop infinito. Qualquer fato insignificante se torna um loop onde eu caio incondicionalmente. Minha cabeça é um turbilhão e eu não vejo ajuda de nenhum lado. Você não pode entender apenas por um olhar? Tente chegar mais cedo, tente fazer do modo certo. Você sabe que deveria, mas sabe que poderia, então não faz.

Você vê e acha que tudo é assim, ao seu redor, pro seu centro, mas nada tem absolutamente nada a ver com você. Não tente ocultar, enganar-se, tudo vai voltar, e vai voltar como começou. Vai procurar por algo que não está mais lá. E sim, é o que você está pensando, entretanto a carne não deixará. Morra pra entender. Viva pra perguntar.



Tchau.

domingo, 1 de agosto de 2010

De noite.

É tudo uma questão de tempo, supertições, energias, crenças. Você espera o tempo passar até chegar onde quer. Acredita em mitos pra que aquilo dê certo. Você pensa de uma forma pra que saia como quer. Você acredita que assim vai conseguir. Do que vale?

Escrever um pouco nessas linhas não seria tão ruim assim, só um capítulo em que pudesse riscar todos os riscos de não poder sentir o mistério. Não ser dependente, não precisar de nada, seguir. Sabemos a quem pertence. Sabemos pra quem pensa. Sabemos a quem precisa. Sabemos e nos calamos. Como um vidro que se estraçalha, sem deixar chances de conserto.


As vezes, apenas o som é preciso.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Trague-me.

Nós somos todos iguais. Queremos as mesmas coisas e queremos chegar por caminhos diferentes. "Eu nunca falhei em falhar" ele disse, e assim eu sigo imóvel o seu exemplo, sem conseguir mudar, apenas por ser o que é. Por que eu não consigo te tragar de uma vez?

Existe uma maneira fácil, uma maneira difícil, uma maneira interessante, existem várias maneiras de conseguir abrir essa caixa infernal. Será a expectativa, ansiosidade, apreensão, vontade, desejo, qual escolher? O que ser escolhido? É crime querer cometer um crime?

Poderia ser muito mais fácil se você quisesse que fosse. Os círculos desapareceriam, eu desapareceria, tudo seria jogado ao vento, me tragaria e voltaria sem mais nada, assim como agora. Estar velho, ficar velho, dar adeus para algumas coisas. Por que eu não consigo tragar isso?


Nem você me deprime mais.

domingo, 18 de julho de 2010

Avião de papel



Você compra uma folha branca, você dobra, desdobra, até conseguir a forma do seu avião. Testa os lados, as medidas e começa a caminhar e procurar o lugar mais alto ondeo vento seja mais forte. Você caminha, caminha, caminha. E finalmente quando chega fica receioso de jogar aquele que significou o motivo de você estar ali ao relento. Você pensa, pensa e pensa e finalmente decide por jogá-lo.

O avião voa, voa, voa e você fica olhando maravilhado aqueles segundos, minutos, torcendo pra que ele possa voltar pra você e que você possa sem se mover soltá-lo mais uma vez. Você embora saiba que seja difícil, torce, torce pra que ele faça a volta enquanto o vento vai empurrando-o. O avião está ficando cada vez mais alto.

Agora você só pode torcer e tentar aproveitar a sensação. Esperar que o avião o tenha como cativo. Esperar que o avião volte. Volte pras mãos do seu criador. Daquele que o cuidou até chegar ali. Esperar. Espere.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mesmo se for

Como saber se meus olhos estão enxergando a verdade? Como saber se eu não estou sendo engganado pelas palavras? Como pisar firme onde já não é mais? Um fio tão fino ainda consegue guiar e levar em rumo ao próximo e próximo e próximo e próximo desencontro. Sabe o que é estranho? Prever.

Quando se torna fácil demais as previões. Então as coisas estão ficando ruins.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Uma longa estrada.

Vem aqui, sente do meu lado, eu sei, não está frio, mas nós já deveríamos estar acostumados, apesar de não estarmos. O mundo é realmente grande não? Vejamos só onde nós fomos parar, tudo que fizemos, você acha que existe um fim? Não, tudo é como você quer ver, você pode construir sua fortaleza ao seu redor, sem precisar de nada, apenas de si mesmo, mas nós sabemos que a mente é fraca e sempre precisamos fugir, precisamos de ajuda.

Não sei o porquê, mas eu sinto algo no sangue, você já sentiu algo tão forte que parece ser inevitável? Como se voar fosse impossível, mas de tanto insistir você criar asas? Sejamos sinceros, o pequeno é sempre melhor, o começo sempre é melhor, depois que passa tanto, tudo vai ficando cada vez mais e mais complexo, e nem somos capazes de enxergar coisas realmente importantes.

Eu lembro de muitas coisas, me lembro de tudo que quis, lembro, lembro de coisas que não queria lembrar, acreditei, acredito, acreditarei em muitas coisas, algumas, é verdade, não valem a pena. Mas isso a gente só descobre depois. Então, mesmo esquecendo como se joga o jogo quase sempre, vamos deixar esse console ligado, enquanto esperamos pra sermos plugados de vez. Perdendo as esperanças, desacreditando, e qual é o outro jeito?

Sabe, talvez a maioria das pessoas desistam de lutar porque elas acham que vão perder, só que eu pergunto: O que há de tão ruim em perder? É sério, nós deveríamos tentar não avaliar tudo pelo fim, o fim é o que sela, da impressão, mas até ele várias coisas aconteceram, então se você quisesse lutar ao meu lado, não me importaria, há vários significados pra derrota, vitória e acima de tudo pra felicidade.

Nós podemos carregar tudo. Você só precisa cortar essa corda. Corte a corda, corte-a, sem medo, faça o que você quer. O ruim seria pensar que você já está fazendo. Entretanto o carro sempre descerá pela curva, veremos os bancos, os cabelos vibrantes, o som alto, a voz diferente, o que deve ser.



"Bem, eu tive um sonho
Eu estava embaixo de um céu laranja
Sim,eu tive um sonho
Eu estava embaixo de um céu laranja
Com meu irmão por perto
Com meu irmão por perto
Eu disse: Irmão, você sabe, você sabe
É uma longa estrada na qual estamos caminhando
Irmão, você sabe que é, você sabe que é
Uma longa estrada na qual estamos caminhando “

sábado, 10 de julho de 2010

É pelo seu próprio bem

"Vamos lá Alex, você consegue."

O acaso. Bom ou ruim? Por que querer tanto voar? Por que querer tanto isso? Por que querer tanto sumir? Por que querer tanto e conseguir se contentar com tão pouco? Por quê?

Você se foi pra guerra, não sabe se vai voltar, mas o que seria pior? Morrer ou voltar? O funeral que se fez de ontem pra hoje é o mesmo que se repete todos os dias e nós nem enxergamos.

Seu nome é mais fácil do que parece olhando daqui. Você dribla as estrelas com facilidade enquanto a ponte se faz em pedaços, aquela firme por onde deveríamos estar passando agora, está frágil, prestes a cair. Se ao menos você soubesse voar, quem sabe levaria consigo tudo o que pode.

O acaso foi o que te trouxe até esse exato momento. Você acha que decidiu, mas tudo foi derivado dessa equação inútil que nos persegue. E enquanto uma pergunta conseguir criar um universo. Seremos todos escravos do acaso. Do incerto. Do místico... Seremos o que achamos que somos. Não escolhemos. Apenas aceitamos.


É verdade mesmo? Sim, em breve, todos nós teremos partido.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Evelhecendo demais pra tudo isso.

Estar ficando velho demais, novo demais, as mesmas características. O tempo passa e você realmente não sabe o que está acontecendo, o que vai acontecer, você para e pensa como foi parar ali, mas é tudo subjetivo demais. Uma só ação poderia mudar, mas não mudou e lá você foi parar e permanecerá, por alguns instantes.

Não há como saber se o esperado é bom. Não há como saber se saber o destino lhe dá a dádiva de poder mudá-lo. Não há como saber o que é verdade. Não há como saber. Não há como ser. Tudo que você comeu e bebeu está dentro do mesmo lugar. Assim como tudo que pensou, falou...

O clichê que o tempo constrói é tão agressivo, tão implicante. Tira tanto as forças, acho que seria melhor se o tempo não passasse só por um segundo? Mas como? Medir o tempo que não passa? O clichê te corrói, te destrói, mina suas esperanças então não adiantam, ele vai passar por cima de você.

Uma só chave capaz de abrir todas as minhas portas.

Onde você foi parar?

Você precisa de alguém pra lhe dizer que você é o que você é. Você pode continuar dizendo a si mesmo, mas não funcionará tão bem e nem será tão convincente, você precisa de alguém sem motivos pra lhe falar, sem razões, apenas por ser o que é. Então você acreditará no que é, agirá como o que é, e assim então se aceitará como o que é.

O difícil é escolher as pessoas certas pra lhe dizer o que você precisa ouvir, porque isso muitas vezes não acontece, então continuamos a procurar, e se achamos por alguns dias já pensamos que está tudo acabado, mas não, tudo é longo, tudo é feito em prol de um único objetivo, apenas um objetivo. Não morra.



Só se sente falta daquilo que um dia já se teve. Tome cuidado pra não enxergar tarde demais.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

De verdade.

Não é sólido, não é fácil, não é real, não é concreto, não posso ver, mas sempre é fácil se deixar levar. Uma sensação intermitente de vontade de tocar, sentir, ouvir, de ver, mas insaciável ao mesmo tempo. As sensações que machucam ou que curam, são as mesmas.

Eu continuo sentado nessa cadeira esperando que você acorde, esperando que seja real, mas eu não consigo ser tão cego como os outros são, minhas roupas não me preenchem, nada me preenche, e eu só posso te ver dormir, sem a mínima emoção exalada, apenas uma matéria parada.

Daqui o seu gorro de Noel parece ser tão triste, incrível como você consegue transformar tudo em melancolia, até mesmo as cores bonitas, não sei se é bom, talvez isso sim seja real, seja concreto, a emoção seja concreta, não um efeito alucinógeno que te faz pensar e escrever coisas que você só sente no inconsciente.


Acorde, eu estou esperando. Mostre-me que existe. Eu estou esperando.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Slow Down

É, acalme-se, vá devagar, espere um pouco pra que as peças se encaixem e você consiga seguir algum caminho. Não se apavore, não vá antes da hora, deixe os buracos serem tapados, acredite na hora certa, confie na hora certa, tenha calma.

Tudo vai indo por si só, se não por enquanto mais a frente irá, tenha apenas calma, não apatia, preste atenção na sua vez, aproveite as chances, não as desperdisse, faça acontecer, não espere cair do céu, mas faça tudo na hora certa.



Se demorar demais, se parecer nunca vir, se nunca vir, ok, não é o que se tem a fazer, apenas tente esquecer, siga, caminhe mais um pouco, busque algumas pernas, alguns braços e caminhe mais um pouco, ali na frente você verá. Entretanto, por enquanto, no entanto, portanto você deve caminhar..

But all in good time.

Slow Down

domingo, 27 de junho de 2010

Eles vão te machucar..

Play this song before you read this.



Não vivemos em uma guerra? Então pode ser que por isso seja tão difícil manter-se valores enquanto se pretende uma próxima cabeça. As roupas se trocam com tanta facilidade quanto as suas decisões e vontades. Tender pro lado que as coisas vão é quase sempre uma questão de sobrevivência. Emocional, social, tanto faz.

Se pelo menos eu pudesse ler mentes, saberia exatamente o que fazer, o que dizer, saberia como chegar, então finalmente meus pontos seriam marcados. Mas isso não é a verdade, afinal de contas nada é a verdade, nem a insanidade é verdade. O que faz alguma coisa ser real, verdadeira? A opinião da maioria?

Por razões desconhecidas tudo parece ser ao redor de um só objeto, como se o universo conspirasse contra, ou a favor, esperar pelo universo ou agir contra ele? Muitas questões pra poucas respostas é talvez isso o que seja problema.

Don't run so far Joely, they're gonna hurt you...

Ser real é pensar, pensar é poder de se tornar real. Se ao menos você entendesse o que eu tento dizer, o que eu tento mostrar, se você lesse dentro de mim, se tudo não tivesse que ser como dizem que é, se o diferente fosse certo, se você soubesse o que realmente pode importar, se o que é importante, concreto não valesse de nada, se a guerra acabasse, se não houvesse mais nada, se tudo fosse verdadeiro, verdade por instito, se fosse por livre arbítrio. Se eles não pudessem nos ver. Se o mundo girasse devagar as vezes, eu destruíria, construíria, mas não descansaría sem ver o quue realmente há dentro de nós.

sábado, 26 de junho de 2010

Medo e pena.

Estar vazio é um dos estados mais incômodos possíveis. Não sentir nada, faltar a vontade pra qualquer coisa, comer e não se alimentar, beber e não tomar, pés sujos, agir erroneamente, dor intermitente, nada, absolutamente nada ocupa a mente, olhando pro teto sem conseguir pensar, vegetar.

Mais algumas fotos em sequência e nada parece mudar, falar em enigmas, tentar descobrir o que é certo, qual é o sentido pra tudo, absolutamente nada. Um objeto inanimado esquecido dentro da caixa que um dia você abria todos os dias, mas que agora está empoeirada, perdida, furada, sem nada.


As novidades, elas tomam lugares pertencentes, por que? Não é injusto?

Ter que cumprir deveres, caminhar, seguir, respirar, tudo por algum êxtase, sonho, vontade, que não preenche mais. Se é que um dia já preencheu. A solidão é sábia e conta tudo o que há pra saber. Medo e pena.



Não há lágrimas, apenas piedade e temor.
O vasto desfiladeiro exatamente no meio.

Não há lágrimas, apenas piedade e temor.
Lembro-me do empurrão mais do que da queda.
O empurrão mais do que a queda...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É isso.

Existem várias formas pra se conseguir chegar, engraçado é que nós tentamos uma e já achamos que não conseguiremos mais. Mas chegar aonde? Onde quer que seja, onde nós quisermos, existem muitos caminhos, mesmo que nós erremos, vamos poder escolher na maioria das vezes vários. É bom acreditar, mas é melhor que se simplifique tudo e nada seja pleno, tudo pode mudar, tudo pode acontecer.

Lembra daqueles tempos alegres de joelhos ralados? Eles nunca foram embora, mas os joelhos agora são outros, você não ficava tão chorão quando ralava um joelho, então por que está assim agora? Temos que apenas parar alguns instantes de pensar, temos que simplesmente fechar os olhos, se você ouvir a sua música, saberá o que fazer.



Apenas faça.

domingo, 13 de junho de 2010

Esperar

Esperar é definitivamente uma das coisas mais desestimulantes possíveis. Apenas esperar consegue superar. Esperar, esperar, esperar... Não ter como conseguir puxar pra antes, assim é que se sente em relação ao que se vive e se pode viver. Certos momentos a vontade que se tem é de acelerar aquela fase e se chegar até uma que se passe sem nem ao menos notar o que está se presenciando. Mas o fato é que a única forma é esperar.

Pode até ser que a espera possa ser diminuída, provavelmente sim, o complicado é saber como fazer ela se encurtar. Outro fato devastador é quando se tem a sombra de dúvida se aquela espera realmente vale a pena. Enfim esperar é realmente algo que todos fazem, mas que poucos sabem como o fazer.


É incrível como exerce-se com maior perfeição a cada passo essa habilidade de esperar. Esperar de tudo e de todos. Esperar.

O que está faltando?

sábado, 12 de junho de 2010

Quando..

Quando você está cansado demais pra se levantar
Quando você tem tempo de menos para poder gastar
Quando o que você ouve são apenas regras e termos
Quando você sente perder a chance a cada segundo

Quando você toma um café ou dois e não sente nada
Quando nada vai pelo caminho que deveria e tanto faz
Quando as festas e êxtases já não lhe fazem entusiasmo
Quando você está morto mais ainda continua respirar

Quando tudo que você pode fazer é abrir os olhos
Quando tudo continua como é e nada parece conseguir mudar
Quando você quer tentar, mas não sabe por onde começar
Quando você percebe que tudo já foi criado

Você simplesmente diz "Eu fiz tudo, tudo que eu queria fazer, eu fiz tudo, tudo o que eu queria fazer, Eu fiz?"


Por que todo esse egoísmo em tomar o puro todo pra si?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Guarde consigo cada mensagem.

Tudo é como uma bolacha velha que vai se esfarelando conforme o bater dos ventos. As coisas vão passando, mudando, deixando de existir, vão sendo levadas como folhas na estação de outono. As folhas que costumavam ser tão bonitas e reluzentes agora são apenas secas e amareladas, carregadas sem direção se esfarelando como as bolachas largadas...

Não adianta, é o curso do rio, ele vai continuar seguindo assim. São farelos demais pra se tentar reorganizar, então o que resta é aceitar o passar de todos os pedacinhos mínimos, todas as pequenas coisas, todas aquelas que lhe roubaram a atenção e hoje apenas repousam sobre a grama de um parque qualquer, ou talvez não tão belo assim.

É assim que tudo é, as palavras serão marcas. Ignoradas muitas vezes. Apenas encarar as conseqüências de poder escolher. Seguir...



Não fique tão triste assim, tem certos momentos em que o adeus é um começo, não um fim.

Pra onde nós vamos?

domingo, 30 de maio de 2010

Irrelevante para qualquer um.

Estar completamente só num lugar longínquo e vazio, sem mais ninguém, sem sons artificiais, sem preceitos e regras para se seguir, sem metas para se cumprir, um lugar vazio, apenas o sons naturais, calmos. Esquecer completamente, mais do que esquecer, se libertar, largar, não se preocupar.

Sentar, refletir, não lembrar mais do tempo, dos números contando, das palavras, tudo tão grande e tão pacífico, mas tão irreal ao mesmo tempo em que frustra mesmo sem existir. Qual o real significado de toda essa corrida insana? É pior não saber ou esquecer-se?

Produtos feitos e embalados, todos seguindo as normas do padrão, mas que como toda indústria criada por sabe-se lá quem, haverá os produtos defeituosos, e bem... Estes não estarão aptos ao consumo popular e então formarão núcleos excluídos, ou apenas serão excluídos isoladamente, enquanto a população consume todos os perfeitos e saborosos, os defeituosos continuam lá nos cantos, desconhecidos, rejeitados.


Um peixe que nunca será pescado. A utopia é o meu fôlego.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ovelhas Negras.

(O texto de agora vai ser parecido com o do filipe abaixo. Mas não é porque sou imitão. É porque já queria fazer de antes e foi coincidência, ou talvez eu sou imitão mesmo.)

O senso comum pode ser definido como a via que a maioria das pessoas da humanidade(variando de região em região em pequenos detalhes) toma como seu próprio pensamento pré-fabricado. Quem vai na contra mão dessa via, é visto como estranho, louco, insano, leviano, leigo e qualquer outro adjetivo do gênero.

Mas esquisito mesmo é você pensar com conceitos que não são seus. Muitas vezes as pessoas comuns mal pensam no que fazem, como uma espécie de maria vai com as outras camuflada, e de tão habitual que ficou este péssimo hábito, muitas vezes não tem uma opinião sólida sobre assuntos que são de extrema importância, concentrando toda sua opinião para assuntos mais idiotas e absurdos como "Jonas Brothers fazem voto de castidade". Estranho de fato é isso.

Muitas pessoas falam de preconceito ou de racismo com um discurso velho e pensado pela cabeça de outros, porém em fatos tão pequenos como caçoar de um conhecido que tem o cabelo um pouco maior do que o comum, quebram o vidro tão frágil e defeituoso que é o senso comum, com suas hipocrisias e falácias desgastadas.


O mundo será um lugar melhor quando as pessoas tenham orgulho de serem estranhas e vergonha de serem comuns.

domingo, 23 de maio de 2010

"Eu sei" é uma péssima resposta.

As pessoas carregam tantos conceitos prontos dentro da mente e acabam estando prontas pra julgar a qualquer momento alguém que não os siga. Sei lá, por que todo mundo tem que seguir conceitos? O senso comum? Agora é você quem decide o que eu gosto ou não? Se nem eu mesmo sei essa resposta, como outros poderiam saber...

A verdade é que não há verdade, pelo menos nada parece pleno, tudo é sujeito a mudanças e nós parecemos apenas soldadinhos de chumbo. Talvez eu não tenha ainda me afogado, mas certas vezes o rio parece fluir diante dos meus olhos e com ele vai indo tudo, eu sei que eu devia segui-lo, mas algo me segura na margem, talvez o medo da próxima vez que eu me afogar, ser mais difícil ainda de sobressair, sobreviver, existir.

Além dos aléns, ser incomum pode não ser bom como tantos almejam. Estar sozinho é como deixar de fumar por ter medo de morrer. Fumar é como ter medo de ficar sozinho e querer morrer antes disso. Eu gostaria de aulas despretensiosas, compreensões inocentes, razões decifráveis, textos legíveis, meu próprio mundo, único.


"Nós tivemos nossas ilusões
Todas as coisas sabem, todas as coisas sabem"


Acho que preciso de um pouco menos de realidade, como sempre precisei. No final uma aberração camuflada.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Defeat me.

É possível que planejemos demais, que existam planos demais, e que eles provavelmente não se cumprirão e serão esquecidos. Culpa de quem? Como se fosse possível saber... E o pior que a cada vez que um desses planos não se realiza e conseguimos perceber isso, acabamos sentados e decepcionados, muitas vezes sem nem saber como fomos parar ali.

Daí levantamos por razões desconhecidas e decidimos que é a hora de fazer novos planos que terão os mesmos destinos e assim caminharemos.

Tudo parece, apenas parece, mudar. Ainda está no mesmo lugar. Uma vez seria bom poder se esconder de tudo o que fosse possível.


Sinto falta dos velhos tempos. Sinto falta do que eu não sabia que estava acontecendo. Sinto falta.

sábado, 15 de maio de 2010

Partiu



Parei, olhei para os lados
De um lado o pesar
Do outro a liberdade
Então decidi

Já conheço essa liberdade
Não há nada de livre
Terei sempre algo para me prender
Nesse mundo
Nessa vida

Essa estrada eu já peguei
Preciso conhecer o outro lado
Não parece-me uma má idéia
Tornando-se assim mais humano
Eu fui, andei, e segui
Aonde eu não conhecia
Eu fui, andei e segui
Para dali
Partir, somente parti.

domingo, 9 de maio de 2010

Somente o amor é todo marrom.

"Eu continuo jogando duzentos por vez
É dificil encontrar-lo quando você conhecia-o
Quando seu dinheiro se foi
E você está muito bebado"


É difícil viver entre o não querer voltar e não saber o que vai ser na frente.

"Existem corvos negros sentados à minha frente; suas pernas finas cruzadas.
E ele está balançando minhas chaves e até finge jogá-las
O que quer que seja
Que me trouxe até essa perda?"


As vezes parece tudo tão simples, as vezes parece tudo tão complicado.

"Bom, eu estive dançando para o sol e a lua que eu precisava substituir.
A fonte no jardim da frente está enferrujada
Todo meu amor estava caído
Em um chão congelado."




As coisas poderiam ser todas para você, mas elas simplesmente, não são.

sábado, 8 de maio de 2010

E eu que achava fácil tudo isso...



E quando parece que mais nada pode dar errado, algo pior acontece.

Fail, acho que não era isso que eu queria não, bem pensado, mas mal produzido, totalmente sem sentido, sem nexo. Deviamos sair de tudo isso, me lembra disturbios bipolares, até que bipolaridade agrada, ainda mais se for duas personalidades legais, com certeza ninguém iria gostar de dois Douglas, quem conhece sabe né.

Vai saber, como é bom a sensação de escrever coisas sem uma linha concreta de pensamento, mas preste bem atenção, senão só você entende o que quer dizer. Importante mesmo é cada um fazer seu entendimento de tudo isso aqui.
Sempre achei que regras, foram feitas para serem quebradas, e eu pretendo quebrar todas as que me foram impostas. Que sentido real teria, fazer tudo sempre controlado, fujamos de tudo isso, como diz no filme Apenas o Fim, de forma adaptada - Falar que algo é clichê, é que é clichê.

Sem sentido mesmo, é aceitar tudo que lhe empurram, e achar que é verdade só porque todos dizem que é. Quer se sentir livre? Comece quebrando uma regra que acha importante, aí você verá um pouco da liberdade, todos nós estamos aprisionados ao mundo, só o Sarney que não, mas ok, não tivemos a sorte dele.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Apenas diga: merda.

Você não acha que tudo nessa vida seja, digamos assim, suicida? Amor, jogos, amizades, bebidas, drogas, todas te levando a um estágio em que você irá se perguntar, por que eu comecei isso? Sim, eu sei, você está feliz agora e acha que tudo vai ficar bem, e realmente irá ficar enquanto você tomar por pensamento essa filosofia, mas no dia em que a realidade te bater a porta você notará.

Não é questão de pessimismo, não é questão de ser negativo, mas se você for pensar, é a verdade, se alguém está feliz agora provavelmente alguém está triste, não sendo obrigatoriamente ligados diretamente. Ok, tudo é generalizado demais e a tristeza de outros nem sempre implica na felicidade de alguns, entretanto se você está feliz agora só percebeu porque antes não estava tão feliz, certo?

Nós passamos tempo demais tentando conseguir, tentando... Provavelmente isso seja o certo, ou provavelmente não, mas creio que sim, afinal de contas se não tentar o que resta é ser apático e esperar que as coisas cheguem até você, e bem... Elas simplesmente não chegarão. Então se tudo é suicida, porque não se matar da melhor maneira possível?


Nós precisamos de mais montanhas russas, ou de mais sarjetas, lamas, nós precisamos do escuro, obscuro, largado, esquecido, precisamos ser esquecidos e jogados ao que não se quer mais. Precisamos ser o que não queremos até chegar onde queremos.



Fique para trás.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Todo o seu tempo sozinho.

Que todos os dias pareçam com dias de final de semana ou com dias da semana? Que todos vivam ou que todos morram? Que todos sofram ou que todas sorriam? Qual seria a diferença? Nós devemos ter cuidado com que desejamos. Seria melhor o que queremos ou que precisamos?

O tempo que custa pra se fazer um verdadeiro amigo é imenso, o tempo que se leva pra perceber a falta de um verdadeiro amigo, é mínimo. Somos todos escravos das nossas atitudes, ou não? Divagar, divagar, andar por estradas inexploradas, com medo de apunhaladas e deslizes, jogar por si só. Manter-se na linha, manter-se aparente. Tome cuidado. Você está só.



"Assim como aqueles precoces que estouram e chapam
E você será forçado a aceitar esse 'quiz' terrível
E você é obrigado a viajar
E ela detectará a ficção nos
Seus lábios e escavará em busca de uma contradição"

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Happiness? Yeah, I Know!


Sinto que algo de bom está acontecendo, e que tudo está melhorando. Mas não vamos nos iludir com coisas de momento que só parecem ser diferentes, mas que podem se acabar rapidamente, num piscar de olhos eu diria, mas é bom saber que pelo menos, por hora, está tudo indo bem.

O jeito certo encarar isso, eu penso que, não se deve ficar com "um pé atrás" ou esperando o pior, devemos aproveitar o momento, e deixar tudo fluir e seguir o curso normal, e é o que eu pretendo fazer, mas claro que quando algo vai muito bem, sempre achamos que há algo pode dar errado a qualquer momento, afinal de contas ninguém está contente com a felicidade alheia, se é que me entendem.
É bom pensar que tudo vai continuar indo bem, aproveitando o momento fica bem mais fácil de se encarar os problemas depois, é bom pensar que nada vai dar errado, se iludir um pouco é realmente prazeroso, e eu falo de coisas momentâneas, mas o que eu acho mesmo é que não estou tendo algo só de momento, e espero que continue indo bem, e vocês, têm algo que parece ser de momento indo bem assim?

domingo, 25 de abril de 2010

Se você acha ser forte o suficiente.

Eu encho pra poder saltar por alguns segundos, o mais alto possível, cade vez mais alto. Encho pra tentar conseguir atravessar até onde eu conseguir. Encho pra poder esquecer de tudo que me faz querer desistir. Encho pra apenas ficar longe de mim mesmo. Encho pra não ter que sentir de verdade o que não é bom. E depois esvazio sem querer, sem ter força, apenas vendo ser esvaziado e minhas chances indo embora junto ao vento. Encho e esvazio, tudo do mesmo jeito sempre.

Algumas vezes encho o suficiente pra fazer levantar voo por algumas horas, outras nem chego a decolar, mas o fim sempre será vazio. O fogo não é suficiente. O ar não ajuda. O vento me dá rasteiras. O peso aumenta mais e mais. Chove. Seca. Ainda não consegui entrar na minha sexta, essa expectativa exagerada ou busca por reciprocidade, só gera uma coisa que sempre se gerou. Decepção.


Talvez um dia eu consiga chegar até as cachoeiras. Eu sei. Não é a solução. Porém se eu não tentar, o que mais fazer?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Se..

Se tivéssemos poder suficiente pra mudar o mundo. Se a consciência e a sensibilidade pudesse chegar a todas as cabeças. Se tudo fosse um pouquinho mais fácil. Se as relações fossem menos complexas. Se a cortesia sempre fosse regra. Se aquilo nunca pudesse ser visto. Se o espaço fosse divido de forma igual. Se pudésse por um simples momento fazer todos voarem. Se o impossível realmente se tornasse possível alguma vez. Se as palavras e vidas não fossem em vão. Se todos enxergassem. Talvez conseguiríamos.



I wish i could fix you.

domingo, 18 de abril de 2010

Ainda

É bom provavelmente mudar, é bom sim, ser de uma outra forma pra melhor, é claro, depois de alguns momentos. É foda não conseguir mudar, ou não, quem pode saber né? Mas o problema que continuar sendo o mesmo de sempre traz algumas coisas que nos deixam tão tristes e tão comuns à todos que é difícil de enfrentar.

Talvez nunca mudemos, apenas momentaneamente, ou por fora, como mudaríamos? talvez com o passar de bastante tempo. Talvez, talvez, talvez, e por aí se vai.. sem saber.. sem ter certeza... apenas supondo o que te faz acordar e continuar.. apenas sendo... indo..

A tristeza apenas muda de face. Como sempre. Como talvez. Como o bom. Como o ruim. Como sou. Aqui sentado, ainda estou, ainda estarei.

Não ou ser o suficiente.

Destruir a mente sem perceber
Juntar tudo e esvaziar sem notar
Fazer e agir sem ao menos saber
Continuar sem ter que olhar

Lutar contra o que mora em si
Tapar o buraco profundo demais
Arrepender-se, orgulha-se
Lembrar do que se deve esquecer

Amigos para te colocarem no acento
Inimigos para te amedrontarem
Tempos que são inconstantes
Vontades que não se concretizam

Ideias que não se completam
Ilusões pra não notar o real
Tentar para não acabar
Repetir para conseguir tentar

Escrever sem conseguir entender
Ler sem conseguir terminar
Sabedoria impraticável
Destino almejado, inalcançado

Morrer para consegui chegar
Viver para consegui sair.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um barco, apenas.

A correnteza segue por caminhos turvos, nós nos nossos simples barquinhos nos deixamos ,quando pudemos, levar pela água e por tantas descidas. Fazemos tantas curvas, vemos alguns outros barcos, viajamos junto com pessoas, em outros barcos, mas lá no finalzinho estamos sempre dentro do nosso, quietos e muitas vezes torcendo pra que mais uma cachoeira chegue ou vá embora, sabe-se lá o que queremos, não é?

Podemos ficar tristes ou felizes pelo caminho que traçamos, pelos barquinhos que perdemos, mais uma coisa incerta. Correnteza que não tem pena, nos joga de lado, pro alto, pra baixo, correnteza difícil de entender. Quem entende o vento? O ar? A vontade?

Existem coisas nessa vida que nós devemos saber quando guardá-las dentro de nós e existem outras que devemos saber quando jogá-las fora.


Cuidemos da nossa embarcação, ou quem o fará?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eu não sei como.


Violão: Acho que ficamos downs depois de ficarmos positivos
*que nem o gráfico de uma senoide , ta ligado? hahahaha
*to te ajudando com linguagem matemática hahahaha

Cordas: hahahaha
*cara provavelmente isso é verdade
*tipo achando que é o fodinha

Cordas: E vai conseguir e na hora
*acontece o de sempre
*e se ficar pensando que vai acontecer o de sempre
*te tacham de pessimista e de amargo, entreoutros

Violão: Pois é,
*se eu fosse que nem eu sou antes de provas, seria massa até
*sou neutro, tendendo a pessimista

Violão: Prefiro ser assim, por que no caso de um resultado positivo, me surpreendo
*positivamente e fico feliz.



Nós nunca sabemos, sabemos?

sábado, 10 de abril de 2010

Se alimente de você mesmo.

Sabe o que seria bom? Se não fosse preciso demonstrar de n formas possíveis o meu desaponto por você agir dessa maneira. O que ainda mais seria bom era se as pessoas notassem por si próprias quando elas estão agindo de uma forma escrota, quando elas nem ao menos estão agindo. Mas não é cobrar demais? Não é chorar demais? Foda-se toda essa merda de sacrifício, de porcaria que você sempre tem que levar. Tem horas que o bom é só ir pro alto e esquecer-se de toda essa privada.

Ok, todas as palavras podem ter muitos e muitos significados, mas não valem tanto quanto atos e nem tanto quanto demonstrações que na maioria das vezes valem bem mais em forma de atos porque o que é espontâneo tende a ser verdadeiro, ou é por via de regra. É, mas vivemos num mundo sujo, onde até os que tentam ser limpos se sujam com a sujeira dos outros. Dane-se a limpeza também, não é possível fazer nada espontâneo limpo.

Talvez sejamos todos egoístas e só consigamos perceber quando acontece conosco, por isso talvez as pessoas que sofreram e sofrem tanto tenham maior sensibilização e saibam usar as palavras certas, agir da maneira adequada, mas elas tendem a desistir, é.. Pode ser esse o grande problema.

Oh, shit, i can't do it.


Vide letra, é claro.