Ele gira, coça a cabeça, anda por toda a casa, ouve mais uma música, olha pro relógio que faz as horas passarem cada vez mais rápido, mas não sabe exatamente o que fazer, ou por onde começar, aliás, ele sabe, mas algo o prende a esse estado de inutilidade, enquanto a sua consciência o julga por não aproveitar o pouco que o tem pra conseguir não o que quer, mas talvez o que precisa. Como fazer uma coisa que se é preciso ao invés de querê-la? A resposta nunca vai chegar, garoto, sinto muito, mas nunca você saberá.
Então ele se força, e começa mais uma vez e sabe que quando esta vez terminar, estará cada vez mais perto daquilo que o fará aclamado por tantos que se importam, que se dedicam ou dedicaram alguma vez a ele. Mas até lá, ele não sabe o caminho exato, não sabe se conseguirá passar depressa, lentamente, mas é a forma que tem e que o deram pra conseguir sobreviver quando sair para caçar.
"Querido, pode me defender das feras? Sinto que meus pés estão cansados hoje, você se mataria por mim? Quem sabe até me traria uma flor?"
Uma parte sempre precisou se dedicar garoto, e você agora precisa correr atrás de tudo que perdeu, de tudo que apostou, o jogo não está perdido, mas você ficou pra trás, junto dos que não tentaram. Sim, você tentou, mas de forma errada, então apenas corra, corra, não olhe pra trás, não olhe pra trás, não olhe pra baixo, apenas corra garota e quando lhe faltar o fôlego, olhe para o lado, não olhe pra trás, não olhe para baixo, não olhe para cima, olhe para o lado e lá estará a sua ajuda. Quem você sempre precisou e precisará, nunca sairá do seu lado, cabe a você saber se há ou se haverá alguém ao seu lado, reconheça-o. Corra garoto.
"Somos supostamente feitos pra nascer e morrer?" Oh, não querida.
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Ele não sabe ao menos quem é.
ResponderExcluirA vida é injusta assim mesmo.
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