sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sem tempo.

"(...)Deseja ter a vida prolongada
Chorando do viver a despedida;
Com grande saudade da partida,
Celebra o triste fim desta jornada.

Assim, Senhora minha, quando via
O triste fim que davam meus amores,
Estando posto já no extremo fio,

Com mais suave canto e harmonia
Descantei pelos vossos desfavores
La vuestra falsa fé y el amor mio."


O que não existiu. O que você acreditou ou acredita é verdade? O que é preciso pra se tornar verdade? Depende de muito. Me pego a pensar e vejo que o que se acha hoje é o que se esquece amanhã. Muito do que é creditado será apenas um drama. O que podia ter existido talvez seja uma maior angústia. Jogar tantos jogos cansa rápido.

Vai ver nada é real, tudo é relativo. Mas se assim for, por que pensar? Por que existir? Isso não é real, aquilo não é real, nada é real. Desaparecer poderia ser tão mais fácil que fazê-lo aos poucos é muitas vezes adotado quando não se sabe mais como tentar de outra maneira. Matar-se lentamente, suicidar-se aos poucos, flagelar-se aos instantes, evaporar-se. Não jogue tanto, eu estou aqui.



Deixe de lado os erros. Nada é real. Abra-te.

Um comentário:

  1. Muito do que é acreditado não passa de uma doce ilusão, que logo depois vira uma amarga ilusão.Mas se não acreditarmos no real, que algo é real, pra que viver?não haveria motivos de viver, se viver fosse uma grande mentira não se viveria.
    Beijos :*

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