quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vocês não virão mais

Nós corremos muito. Nós corremos tanto e paramos tão pouco. A gente passa tanto tempo correndo atrás daquilo que acha que precisa e que quer, mas na verdade provavelmente você não precisava daquilo e nem mesmo queria, só queria estar vivo, e agora se sente morto. Então eu paro e consigo ficar parado, por muito tempo, e tudo se move rápido demais pra mim, e tudo se move naturalmente, mas eu me mantenho parado, por que eu não consigo sentir isso?

Nós tropeçamos, tropeçamos várias vezes, não sei se percebemos, ou se percebemos demais. A gente acha que as coisas acabam, mas como os maiores dizem, elas só se transformam. Então eu penso, lembro, isso é tudo? Ainda há mais lá fora? Ainda há mais o que sentir? Ainda há mais o que viver? Ainda há motivo? Você pode me acordar num dia ensolarado de chuva?



A verdade é nua, crua, feia, real, desestimulante, e ela diz que tudo não levará a nada. Ela diz que nós vamos perecer, tudo vai acabar, se transformar, como queiram, o estranho e difícil é encontrar formas de ignorar a verdade. Eu veria, então, o que eu vejo agora se estivesse correndo pros seus braços?

Nenhum comentário:

Postar um comentário