sábado, 24 de dezembro de 2011

O que há agora no seu lado?

Parafraseando alguém, eu não sei se amadureci, mas certamente envelheci. Revejo algumas pessoas e elas parecem tão velhas, parecem tão conformadas e uniformes. Como se tivessem desistido de tudo que um dia transparecia e seguido pelo caminho mais fácil. Me desespero, porque não sei se não estou no mesmo caminho. É péssimo se sentir só. Acho que meu idealismo me leva longe demais, no sentido de exageros. Não me leve a mal, eu não forço nada, apenas tento levar as coisas como acho que devam ser. Sem ação ao ver velhos companheiros do passado. Meus fantasmas me assustam. É realmente difícil enfrentar o ninho do qual você tanto correu.

Eles não mentiram quando disseram que eu veria sua face tantas outras vezes em tantas outras pessoas. A quem se acudir? Não tenho direito de reclamar da solidão e muito menos de nada porque sei que de todos eu sou o mais culpado. Eu poderia me deixar levar, mas me assusta a chance de ter que atravessar esse rio de falsidades mais uma vez e assim me sento nesse velho banco enquanto assisto o tempo passar. Pra onde nós vamos? É, bem, não se isso vai importar.


Talvez haja um Deus lá em cima
Mas tudo que eu já aprendi sobre o amor
Era como atirar em alguém que desarmou você
E não é um choro que você pode ouvir de noite
Não é alguém que viu a luz
É um frio e sofrido Aleluia


Meus dias estão passando, meus natais estão passando e eu não tenho nada pra falar, a não ser um monte de inconformidades, reclamações, observações inúteis que não chegarão ao ouvido de ninguém. O que mais a gente pode fazer? Tô cansado de segurar essa espada, armadura, escudo tão pesados. Não sei até quando nós vamos continuar assim. Como eu queria atravessar esse túnel escuro e frio com a certeza que veria seu sorriso no final. Como eu sonho com a verdade. Como eu queria a verdade. Como eu me frustro tão fácil. Já chega, não é mesmo? Tudo bem. Tudo bem. Tudo bem. É tudo que eu vou poder dizer.

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