Apenas os nomes mudaram.

Falamos sobre gerações, vícios, datas, acontecimentos, movimentos, nomes e sobrenomes, eras e estilos, e mesmo assim as coisas parecem nunca terem mudado desde o momento em que o homem surgiu como é hoje. As histórias são as mesmas, os acontecimentos não, mas com a mesma essência, as educações divididas desde sempre, os costumes, as relações todas do mesmo jeito de sempre e que sempre foram criadas.

Quando se é jovem, se olha certos momentos da vida de alguém mais velho como banais pra sua realidade, pensando que aquilo você pode evitar se agir de uma maneira ou de outra, mas não, aquilo vai acontecer com você também. Você vai quebrar a cara também, você vai viver todas as partes ruins que viu sendo contadas nesses filmes mesmo acreditando serem surreais. Não é ficção quando se trata da verdade, é ficção apenas quando se trata da vontade de fazer verdade. Por isso as coisas boas e momentos felizes de algumas historinhas contadas quase sempre não são e nem serão reais.

E a partir do momento em que você toma consciência disso, percebe que o que eles falaram, que da forma que eles agiram, era o certo a fazer, você percebe e entende cada situação com mais clareza, chama-se amadurecer, crescer. Entretanto crescer pode doer, afinal de contas quem não gostaria de viver num parque de diversões sem preocupações?

Decepcionante você achar que pode mudar mundo, que pode ser diferente enquanto vê que tudo ao seu redor é igual e que você parece ser só mais uma peça desse jogo maluco. Você tentou, você tentar ser a mais, agir diferente, parece não valer, parece em vão. Mas talvez não seja, só pra você, talvez não. Pra muitos, nem consciência terão. Normal. Rotina. A habilidade de adaptar-se tem me salvado. Apenas os nomes mudaram.


Por um dia melhor mesmo que de embriaguez da realidade.