Escrevo sobre os desencontros, sobre as palavras amargas, sobre os pensamentos insistentes, escrevo sobre o que não é, nem será, sobre o que seria o amor, sobre a vontade, sobre a saudade, escrevo sobre tudo que cabe dentro de alguém que é tão pequeno, sobre como nada mais vai passar se não for sua mão que empurre, escrevo muitas vezes por não ter outra alternativa, ou simplesmente porque não há nada melhor que jogar fora o que não se quer mais.
Miro o acaso e ele sorri sem culpa, como você pode ser assim tão indiferente? O fogo não te queima? O sol não te incomoda? O gelo não te corta? A lua não te impressiona? O mundo não te cativa? O sempre não implica contigo? Se todos simplesmente dissessem sem medo a verdade, é provável que o mundo fosse menos triste ou mais real. Entretanto não é isso que acontece e o que nós escolhemos, ou temos que escolher é acreditar mesmo que iludidamente numa história qualquer de um dia do calendário qualquer que nunca aconteceu.
Vocês todos não vão conseguir enxergar muito além, e isso não quer dizer que eu vá, o que quer dizer é que parece que vai demorar até que alguém possa. Vai demorar até a água ficar cristalina, vai demorar, talvez demais, vai demorar. Fecharei seus olhos até que eu esteja longe demais pros seus braços me alcançarem. Não dance mais. E olhe pra ver se não te seguem, por favor. O noite acabou mais uma vez. Quantas?
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