Acho que cresci vendo as pessoas próximas à mim serem coisas que eu nunca consegui ser, coisas que nem precisam ser citadas, mas que naquele momento, com tal maturidade significavam bastante pra mim, as mesmas que hoje nem percebo mais. Só que esses eram meus conflitos, nunca me encaixar muito bem ao meu meio, mas ser adaptável mesmo que não tendo muitas escolhas ao que me fosse possível de conviver, era o que eu tinha e as vezes nós quando somos diferentes, só queremos ser como os outros e isso é complicado.
Eu sempre quis fazer falta para as pessoas, porque eu nunca fui paparicado, nem muito o que recebesse atenção e carinho, então eu sempre quis isso, queria chegar em casa e saber que alguém procurou por mim, se preocupou, sei lá, é que ser filho único as vezes te faz ficar assim, solitário, só com o espelho pra dialogar. Só que mesmo não sendo muito fácil, assim como não é hoje, sinto falta de todos os momentos, das coisas ótimas, das primeiras sensações, das chuvas, de voltar com a cabeça molhada pra casa, sinto falta desses detalhes que bobos, mas que fazem a diferença.
Interassados, por favor procurem a tradução da letra.
Só que bom mesmo é se olhar no espelho e poder se orgulhar do que você se tornou. Eu me olho no espelho e sei que ainda não consegui milhares de coisas, que ainda não sou o cara que passa pelo corredor e chamam a minha atenção, ou que sentem a falta, mas pra alguns eu sou, porque aprendi que os alguns são mais importantes que todos, mesmo que sejam poucos, mas sendo reais, me valem muito. Na maioria dos momentos só tenho o espelho mesmo pra dialogar, só que com o tempo você se acostuma, não se sente falta do que nunca se teve.
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