sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Migalhas de respostas.

A inocência é a pior sensação
Ela te priva do que te deve
Te joga dentro de um poço sem fim
É o não saber que te fere.

Não é possível se olhar no espelho
Aquilo é a última coisa que quer ver
São incontáveis os azares
São contáveis as vontades de viver.

A resposta talvez esteja lá
Balançando junto ao vento
Pena que não tenha caminho
Os pães não foram suficientes.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Dor.


"Queria ser como você
Facilmente entusiasmado."


Em um dia comum escuro e solitário, a dor penetra pela sua, minha mente juntando exatamente tudo que sempre se repete e se torna cada vez mais comum. A solidão não lhe parece ao todo tão ruim quanto deveria parecer para tantos, existem pontos positivos nela que lhe fazem querer idolatrar exemplos igualmente esquecidos.

Mas a pergunta chave lhe dói na cabeça, será que dor psicológica poderia se tornar física? Os fatos lhe mostram e comprovam que não é preciso ser feita de lâmina pura pra uma espada te cortar em pedaços, basta apenas lhe conhecer seus pontos fracos, seus poços, suas desvantagens e sua vontade de seguir exemplos que nunca serão você.

Ele seguiu esse caminho mais de uma vez, entretanto sempre achou que dessa vez chegaria até o final, mas não é assim que funcionam as coisas, pois parece que você é só mais uma pequena parte de um grande plano, apenas um coadjuvante. Sabe o que pensam dele? Nada. Sabe o que ele pensa de todos? Tudo.

Eu acho que o trem nunca irá parar pra lhe pegar meu bom garoto. Ele se foi. Assim como tudo o que estava dentro do mesmo. Triste, não? A história já foi feita, você agora apenas se contorce com vontade de ter vivido o que não pode. Você agora apenas sente a dor psicológica se tornar física aos poucos, de dentro pra fora, como espinhos que partem do seu coração pra fora e que te abrem os olhos mesmo você tentando com todas suas forças fechá-los. Você é agora só uma peça, um Adeus, uma dor.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Surreal.


"I was a train moving too fast."

Não sei se esse conceito é comum, mas tem certas vezes na vida que as coisas parecem surreais. E nesses últimos meses, nesse último ano, algumas coisas me pareceram surreais, coisas independentes de bom ou ruim, mas coisas que não acreditava que pudessem acontecer, ou que experimentava pela primeira vez. Eis que em grande parte dessas ocasiões, até mesmo sem ser pré meditado, pensava no que aconteceria depois daquele momento exato. Deixe eu me fazer claro. Eu me perguntava, por exemplo, agora eu estou aqui, vivendo isso e amanhã? Será se isso vai passar? E daqui uma hora? Vai sair tudo como nos planos?

É óbvio que essas indagações atingem muitas pessoas, entretanto não com tanta freqüência, porque ninguém vai ficar perguntando as coisas, vai é viver e desfrutá-las, sendo a lógica, claro. No meu caso, me atingiram com freqüência, imaginava como seria depois, o que aconteceria, que palavras seriam ditas, o que construiria a história, eu iria sorrir? Me dei conta que não fazia essas questões antes, justamente pelo fato de não ter vivido tais situações. Então por que eu as fazia? Será se eu realmente queria saber o que ia acontecer? E se fosse ruim? Desistiria? E se fosse bom? Continuaria?

É muito complicado tentar explicar essa sensação, mas é como se você viajasse sempre pelos mesmos trilhos e de repente o percurso muda, você não sabe onde aquilo vai parar, ou você desacelera e para e volta aos seus trilhos ou então acelera. No meu caso, eu decidi acelerar. Cabe a você, acelerar e fechar os olhos ou desacelerar e abrir os olhos?


Deve ser a 322332138932193821.... vez que escrevo algum texto ao som de Saudade - Marcelo camelo. Essa música é mágica.

Maria, queria comentar no seus textos, mas não consigo. Gosto deles :)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mais umas voltas, por favor? E divertido hein.


Você já andou em círculos? Quero dizer, já viveu em círculos? Ou em apenas um? Como se as coisas pseudo mudassem, o tempo passasse e algumas pessoas não fossem as mesmas, umas se foram, outras apareceram, mas no final das contas tudo se resumir ao que sempre foi? Eu ainda estou tentando decidir se isso é bom ou ruim, mas acho que todos nós queremos evoluir, não é mesmo?

Nostalgia às vezes é bom. Porém só às vezes. Se tudo for realmente apenas um círculo, não sei se todos iriam querer quebrá-lo. É bom saber que depois de uma montanha russa você irá descer do carrinho e ir pra casa, é bom saber que tem uma casa a te esperar.

Fato é que essa percepção de estar em círculos, me ocorreu esses últimos dias. Acho que dias como esse, natal e próximo ao ano novo, sempre se repetiram, aconteça o que acontecer, seja o que for, sempre foram assim. Então acho que a vida é mesmo uma montanha russa, que fica girando e girando, a diferença é que o percurso dessa em questão, muda em alguns momentos. Tem vezes que tem muitas subidas, outras vezes muitas descidas, outras vezes tudo normal. Uma hora um monte de pessoas enche o seu carrinho, outra hora apenas você e sua mente.


Acho que esse é o momento em que eu pago mais um ingresso ao cobrador por mais algumas voltas. Ingressos seriam como os anos da sua vida. Espero que essas próximas voltas sejam divertidas. Vai ver é por isso que esses dias se repetem, quando está na fila quase parado esperando o cobrador chegar, é tudo o mesmo, às vezes ele lhe sorri, às vezes nem te olha, às vezes uma cara feia. É o que você sente pelas voltas que passaram que vai refletir no rosto dele.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Querer não é poder.


"Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão."
Elaine Lilli Fong

Grande fato irremediável esse de acabarmos por nossa conta. É como enganar algo inalcançável ou parecido, é como apenas alargar um círculo, mas não quebrá-lo. Mesmo sendo irremediável, eu suponho que de vez em quando, assim esporadicamente, seja bom alguém carregar o escudo por você, porque o peso da armadura tão surrada às vezes fica pesado demais.

Porém como tantas vezes já se foi dito, vivido e constatado, querer não significa poder, e é aí que a incapacidade de continuar se encontra. Os olhos se abaixam, a feição encarece, as costas doem e a chuva não parece mais uma brisa, parecem centenas de canivetes de gelo que te cortam ao meio e te deixam só, como um lobo uivante à lua.

Então, já com a consciência de que a solidão é um remédio que teremos sempre que tomar, acaba se despertando uma vontade de querer fazer de você mesmo a companhia completa. E mais uma vez com a cabeça encostada na parede, percebe-se que querer não significa poder. Talvez então surja o pensamento de que esse escudo lhe merece, então tudo bem, quem sabe quando alguém irá acreditar em um mendigo? Quem sabe quando alguém irá lhe jogar uma moeda? Quem sabe quando? Você apenas espera que seja em breve.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Você não.


Como é que se diz mesmo?
A praticidade da palavra se foi
Ela costumava significar mais
Agora, não consegue mais lembrar.

Você procura e tenta e relembra
Mas não consegue nem sentir
Escrever talvez, entender talvez
É uma faca que não te corta mais.

Pessoas ao seu redor saberão
Você as verá e nunca entenderá
O maior significado de todos
Aquilo que você procura e nem sabe

Você diz que se odeia
Pega mais uma vez a mesma ferramenta
Oh não, já não é fácil
O fato é, você não sabe o que é felicidade.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Oh não.


Oh não Delila,
Você é agora a parte triste de mim
Você é apenas agora a foto que eu tirei
Você nada mais passará do que uma lembrança.

Oh não Delila,
Capuletos e Montecchios não funcionaram certo?
Eu esperei durante muito tempo, esperei
Esperei o seu ar naquele parapeito
Tudo que eu consegui foi um poço de veneno.

Oh não Delila,
Eu sei que em breve ou não vou ter novas viagens
Vou visitar novos paraísos e conhecer algo novo
Mas quem disse que eu queria algo melhor?
Nós só precisamos do necessário pra viver.

Oh não, a minha mente já se escapou
Em breve será apenas mais uma história de pescador
Um peixe que se foi, um que escapou, um grande
Tantos peixes no mar, a rede está a esperar.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Viver rápido, morrer jovem.


Andando sobre os pensamentos mórbidos de um filósofo desconhecido, mas ouvido por muitos e muitos, chego a me embriagar com a possibilidade de um habitat novo, chego a me deliciar com a sensação do não conhecer. Julga-se, discute-se sobre o quão longa é a vida do individuo, levando em conta apenas os anos, fato totalmente equivocado, pois os anos nada mais são que marcadores, tanto jovem velho, tanto velho jovem.

O receio é a sensação que toma cada pessoa protecionista e comodista, quando estão deparados a possibilidade de não saber o que vai acontecer nas próximas 24 hrs, o que se torna uma imensurável pena, diante do prazer que se tem em viver a vida de olhos fechados. É notável a previsão de que as mesmas pessoas comodistas encontrarão outros da sua tribo e formaram aldeias perpétuas e imunes a ideias novas, onde eu, bem, eu não me encaixarei, mesmo insistindo algumas vezes até me machucar. É, prefiro levar minha sacola no meu galho.

Triste carma esse de querer mudar, conviver, se encaixar em mundo que não lhe pertence, nem ao menos o almeje, pois irá se arrepender amargamente. Os habitantes do universo em que você tenta habitar, lhe tratam como uma recém chegada na alemanha grávida aos prantos rumo aos campos de concentração. Mas ainda haverão bobos como eu e mais alguns amigos que até mesmo sem querer tentarão essa missão, então se conseguirem, acalmem-se, vocês serão avisados, se não.. hm.. Viva rápido, morra jovem .


Apenas as casas conjutas me entendem por enquanto.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Por que não tentar?

De todas as dores que me dói, a que mais sangra, ou as que mais sangram, são os detalhes, pequenos e mínimos, sórdidos e afiados, que me entra carne a dentro e deixam um buraco que insiste em sangrar. Venho procurando muitas maneiras de estancar esse sangue, aos poucos ele deixa de jorrar, mas ainda sim as velhas navalhas o acertam e alguns pingos são derrubados diante de mim.

Talvez os momentos sangrentos tenham se tornado bem menos frequentes com o passar do tempo, o que me dá uma ideia otimista. Verdade seja dita, as navalhas vão perdendo a precisão com o passar dos dias, com o gasto delas. Ainda posso ser acertado, como diariamente sou, ou costumava ser, mas a dor vai diminuindo aos poucos. Ou vou me acostumando a ela com fácil tranquilidade.


Sabe o que é mais engraçado? É que depois de um tempo, as coisas parecem estar todas ok. É como se tudo tivesse tranquilo, como se tudo tivesse no seu lugar, é como se você não precisasse de nada pra jogar um sorriso fora, o que na verdade deveria acontecer. Parece que as coisas que te atingem são normais, que atingem aos próximos, é uma sensação estranha, mas que simplifica tudo e deixa a vida mais leve. Então acho que é por isso que deveríamos simplificar tudo, tirar a complexidade, resumir todo o mundo em um sorriso e um bom e velho, "Relaaaxa..."


"Por que não tentar isso tudo, se você só vai se lembrar uma vez?"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nunca.

Ele está de verdade tentando entender o que aquelas palavras significaram.
Não seria mais fácil se o poder de navegar sobre as mentes humanas lhe tivesse nas mãos?
Oh, mas ele acha que está tudo bem, que vai ficar tudo bem, que é só uma fase, vai passar.
Pobre coitado, fases longas demais tornam-se estados, e estados tendem a mandar em você, a te obrigar.

Já fazem alguns dias que ele não sabe mais o que é a plenitude de algumas coisas, dias não, meses.
As palavras, cenas, falas, todos estão ficando cada vez mais intermináveis e impossíveis de se decifrar.
Ele se indaga a todo instante, Por que as coisas mudam? Por que elas precisam mudar? Elas precisam?
Um sorriso desabrocha quando a percepção lhe vem que nem os mais próximos reconhecem o que seria uma ação sua

Muitas vontades agora ele tem, poucas ele consegue tomar, a maioria ele as vomita ou não consegue engolir.
Seria mais fácil se ele apenas apagasse esse programa e então desprendesse o fio que segura suas pernas?
Ele parece ser estranho, mas é apenas mais um, nada mais que isso, nada mais que mais um entre tantos.
Ele desejaria o mundo se pudesse, mas o mundo pelo visto, nunca o desejaria se pudesse.


You don't have to understand, you only have to accept it, i'm serious, don't even try to.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Oh mãe,

"Nem mesmo céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar, e o infinito, não é maior.."



Oh mãe, eu realmente te amo. Só você consegue conversar comigo sem pronunciar nenhuma palavra, entre o nosso silêncio que apenas você consegue o preservar sem torná-lo desconfortável. Me guiando ruas a fora, enquanto o vento bate no meu rosto, e até uma simples pergunta que você faz quebrando o silêncio parece fazer parte daquele ritual sagrado de anos de entendimento.

Chego as vezes até pedir pra que o caminho seja mais longo, pra que eu possa continuar a segurar em você enquanto penso em tudo que está acontecendo, enquanto vejo as pessoas passarem e me esqueço completamente de onde estou e no que estou metido, esqueço completamente de todas as porcarias possíveis. Tudo isso porque é como se você cuidasse de mim até mesmo sem perceber.

Oh mãe, os tropeços e preços, me fazem entender que você é a única mulher a quem devo meu amor puro e inocente. Sinto tanta paz nos seus braços, você parece o almanaque da minha vida, tudo que procuro, eu encontro, tudo que perco, eu encontro, tudo que eu preciso eu tenho, basta apenas dizer: "Mãããe..."

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Droga, eu não sei.

- Então o que você acha? As memórias são boas ou ruins?
- Droga, eu não sei, não sei se elas servem pra serem boas,ou pra serem ruins, se servem apenas pra te fazer ter certeza que existe, se são pra te torturar, te alegrar, como eu saberia?
- Mas você tem lembranças, não tem?
- É claro, como todos.
- Então elas são boas ou ruim?
- Depende, algumas talvez, outras não.
- E o que você acha que isso significa?
- Droga, eu não sei, não sei se o que eu fiz, foi certo, se o que eu vivi, valeu a pena, não faço ideia se estou aproveitando o espaço que eu tenho aqui nesse pseudo universo criado por nós mesmos.
- É provável que o conceito de aproveitar, seja variável, não?
- É provável, assim como é provável que eu esteja apenas com medo.
- Do que?
- Droga, eu não sei, não sei do que tenho medo, mas algumas coisas só parecem não ser pra mim, como por exemplo ser importante pra outra pessoa, parece que não nasci com esse talento, tanto quanto não nasci com o talento de conquistá-las, tudo só parece que me faz levar a terminar sozinho. Apenas eu.
- Sendo ruim como resposta, preciso dizer que devo ir embora. As noites são curtas aqui. Aí também.
- Uma coincidência, aquele que acaba de dizer que vai terminar sozinho, estava conversando, com ele mesmo, esquisito não? Acho que não há mais caminhos, ou ilusões a se tomar, talvez consiga me enganar até um dia terminar sozinho. Espero pelo menos chegar lá. Ou talvez não espero. Droga, eu não sei.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

And after all.



Acho que nunca vou mudar, talvez por fora, não sei
Acho que ainda vou estar com minhas velhas camisas xadrez
Fingindo pentear meu cabelo enquanto penso nas palavras
Enquanto acho que sei uma forma de te conhecer ou te achar

Ainda vou continuar usando os demais e prováveis
Nós vamos passar por tantas coisas juntos, eu sei
Essas coisas vão nos transformar no que nós somos hoje
Talvez dependa da gente o que iremos nos transformar, ou não

Sempre me achei diferente ou talvez sempre fui confiante
Mas a verdade é que quando te olho, minha cortina cai
E lá estou eu, nu, transparente, pra que toda a plateia me veja
Alguns irão sorrir, outros se emocionarem, outros tanto faz

Mas mesmo assim ainda vou continuar o de sempre
Mesmo que minha casa na praia seja destruída
Mesmo que o vento e o terremoto me levem pra longe
Mesmo, mesmo, mesmo...
Ainda serei o velho e paciente de sempre.

domingo, 22 de novembro de 2009

Tinha que ser assim?

Eu gostaria de entender se existe destino, ou é coincidência, se depende de nós mesmos ou não, pra que todas as coisas aconteçam. Você não para as vezes e imagina o que aconteceria se apenas uma palha fosse movida? Ou então parece tudo estar conectado, um ao outro, como se fosse tudo comum, você vê hoje alguém e amanhã algo relacionado essa pessoa ocorrerá, coisas assim, que as vezes até nos assusta de tão surreal. Mas se passássemos a acreditar em destino então poderíamos ficar apenas sentado esperando tudo? Realmente não sei.

Tudo parece um grande teatro. Um dia você sai, vai pra algum compromisso, se senta e começa a ler e então alguém lhe pergunta algo sobre o livro, e daí alguns meses você vai estar sob a luz do luar trocando confissões, talvez beijos. Não é loucura? Quero dizer, e se nesse dia você tivesse esquecido algo e não tenha conseguido chegar a tempo? E se você não estivesse com o livro na mão? Seria tudo um pretexto pra que as coisas acontecessem? Ou elas apenas aconteceram?


Coincidência, destino, respostas, motivos, fatos, mudanças, tempos, são eternas incógnitas que tendem a nos atormentar. Tal aspecto possa ser provavelmente pela vontade que possuímos de querer mudar tudo isso, pois certas coisas nós queríamos que acontecessem, outras não, certos momentos rezaríamos pra que todos os sinais da sua vida estivesse fechados ou então todos abertos, sabe-se lá. A grande verdade é que não se pode mudar nada, são fatos, só podemos viver, e tentar construir bons acontecimento sendo eles predestinados ou não, se forem, tudo bem, aproveitemos.

Se o destino existir, ele pode estar certo que certos momentos o odeio, já outros, nem tanto. Ruim é que não se pode esperar muito, sem ser pessimista, sejamos otimistas, mesmo que as decepções possam abrir grandes feridas, mas é melhor achar um bom jeito de curá-las do que viver esperando pouco da vida.


Que o amor um dia vença!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Seja leve.

Nós sempre agimos como se soubéssemos o que queremos, o que precisamos, pra onde vamos, ou coisas do gênero, mas o que aparenta no final do que conseguimos, do que acontece é que na maioria das vezes nem era exatamente aquilo que você desejava. Porém até você chegar a essa conclusão você já fez e falou muitas coisas, algumas você se arrepende, outras você lembra e sorri outras você lembra e chora. Normal. Faz parte.

"Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso.
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa.
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir.
Preso em marcha ré."


Como será que nós saberemos o que precisamos pra nos completar? Pra nos deixar felizes e suficientes? Acho que essa resposta não deve ter sido feita pra nós possuirmos. E esse fato vem justamente pra que tentemos tomar conclusões claras como a que a nossa suficiência já está dentro de nós mesmos, as pessoas que nos cuidam, que nos amam, a nossa vontade, idade talvez, saúde. Sempre temos um ponto positivo na vida, nem que seja mínimo, ou que só um, mas um ponto em que nos sentimos agradecidos, sim nós temos, basta enxergar.

Mesmo que nos decepcionemos com nosso ideias e conceitos em certas ocasiões, tudo bem, não acho que tudo foi feito pra dar certo, nem como foi tudo feito pra dar errado, assim aprendemos a valorizar os dois, a felicidade e a tristeza. Já que algumas conclusões como essa podemos chegar, vamos tentar encontrar outras e outras, jogar todos os pesos no mar e deixar essa viagem chamada vida mais leve :)



'Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu vou tentar te consertar"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um último talvez.

Estou agora deitado no meu quarto, olhando para o teto, como se fosse a tela de um cinema, onde os filmes que eu vejo não passam de lembranças. Meus lençóis parecem ondas do mar que estão a tentar me afogar. Minha cabeça gira enquanto ecoam sons que eu preferia nunca ter ouvido. Parece que minhas fichas desse parque de diversão se acabaram.

Continuo deitado. Meus olhos estão pesados, cansados, torturados. Penso que se apenas alguma coisa acontecesse diferente, tudo estaria diferente, tudo seria diferente. Penso, penso e penso e acabo me aprisionando, acorrentado, sem escolhas, sozinho, calado, olhando. Junto as mãos sobre o peito, aperto-as e as levo até a cabeça, faço delas um travesseiro, enquanto fecho os olhos vagarosamente, o efeito está chegando.

Sinto meu esôfago empurrar uma a uma, enquanto as correntes vão se quebrando, aos poucos, elo por elo, já nem sinto mais a cama, os lençóis agora parecem estarem todos frios demais pra minha pele tocar. Não movo um músculo, estou quase lá. Olho pela última vez pra folha de papel que deixei, o título dizia:
Talvez esse seja meu último inferno.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Doce sabor da alienação.

Há um bom tempo cheguei a conclusão, grande conclusão, de que achava a melhor coisa do mundo não ser um alienado, ou coisas do gênero. Entretanto, assim como tudo modifica o homem, minhas opiniões as vezes mudam, como essa está quase lá. O fato é que ser alienado é alguém que segue algo de olhos vendados, que não busca sua própria interpretação que está mais trancada no seu mundo do que qualquer outra coisa, mas por que isso seria ruim? Não vivemos pra sermos felizes? Ou tentarmos? Quando não se é mais alienado, você acaba se tornando um grande questionador.

Ultimamente não consigo crer em mais nada, tudo me parece falso e sem motivos. Não sei se isso provém da falta de alienação, mas isso me fez pensar que se eu fosse um alienado que gastasse meu tempo na frente de uma T.V. talvez tivesse um grande sentido em tudo que fizesse, poderia levar uma vida normal, pseudo feliz, seria uma espécie de droga, um entorpecente que me levaria até a minha realidade, a doce alienação.


Também não sei se isso significaria felicidade, pois felicidade nem conceito possui. Por algum motivo que ainda não descobri eu sempre escolho o caminho mais difícil, sempre as coisas piores são as que estão destinadas a me atravessarem o caminho, no começo pode ser divertido, mas depois de um certo tempo o difícil frequente se torna insuportável. E um dos caminhos difíceis que escolhi, foi não ser alienado, ter consciência demais. Bobo, burro, nunca imaginou que conhecimento demais só te faz perceber o quão inútil és.

Por enquanto vou mantendo meu escudo e espada ao lado, sentado, olhando pra tudo, esperando mais algumas batalhas, ou então afiando um pouco mais a minha espada pra a tornar certeira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Minha mente.

Creio que não verei sua face mais uma vez. Que pena, pude por instantes mergulhar nos doces olhos que de alguma forma você possui. Sou culpado de não termos nascidos talvez na mesma rua? Seria o destino? O que seria? Ei, talvez você até passaria por mim e me notaria, mas é provável que não, o provável vem vencendo há séculos. Desculpas.

Você vai se perder assim como tantas faces já me possuíram, mas por Deus, eu nunca pude possuí-las, como se o poeta estivesse certo ao dizer que é como se a felicidade recolhesse a mão pra não me alcançar. Entretanto ver seus risos e atitudes, só me fazem querer entender o porquê, o porquê de eu ser tão diferente, tão exigente, tão sem empatia, o porquê de eu ser eu.

Minha mente é como um mar profundo, onde os lugares mais sórdidos e frios eu prefiro que fiquem nas zonas em que nunca alcançaria, ou pelo menos luto pra não alcançar. Você não gostaria de nadar no meu mar, gostaria? Se ao mesmo tempo sou tão diferente, por que sou tão imperceptível?


É doce o gosto de imaginar situações em que você está, é amargo saber que são só imaginações.

domingo, 15 de novembro de 2009

Pensaria, Prometeria, Formularia, Gostaria.

Nós sempre pensamos num depois, certo? Sempre paramos e pensamos no que ainda pode acontecer, ou no que está pra vir, nós refletimos bastante sobre o que há de vir pra aí então podermos tomar algumas decisões, escolher algumas facetas, tristes ou alegres. Se nós pensamos em coisas boas a vir, escolhemos faces alegres, se pensamos em coisas ruins a vir, escolhemos faces tristes. Temos realmente essa escolha?

É de verdade bonito um mundo onde todos pensam nos outros, onde as coisas são reais, não são falsas. Eu estive pensando... Pra onde vão todas as promessas que fazemos e não cumprimos? E todas as coisas que deixamos de fazer? Todas as palavras? Um outro universo talvez? A vida, o decorrer de tudo, é uma coisa tão complexa. O nosso propósito é tão complicado de entender, afinal de contas pra que realmente existimos? Procriar? Existir? Sofrer? Lutar? O que?


Mar só, me leve só, ultimamente é o que sou.

Existem alguns momentos em que gostamos de estar sozinhos, talvez até deprimidos, um pouco auto destrutivo, mas não há nada mais justo que descontar a sua vida em si mesmo do que nos outros. Talvez não exista mesmo fórmula pra tudo que nós temos que viver, não existe mesmo um jeito certo. Isso é óbvio, todos sabem que não existe, mas sempre procuramos respostas, como se já houvesse algo certinho só pra nós seguirmos.

Gostaria de saber pensar no futuro, gostaria de visualizá-lo, gostaria de ter planos como vocês, gostaria de ter perspectivas, expectativas, gostaria de ter metas, gostaria de ter motivos, gostaria de ter amor, gostaria de ser amado, gostaria de viver, gostaria de sentir o sabor com vontade, gostaria de sentir um calor que me pegasse e me levasse, gostaria de ser normal, gostaria de escolher o fácil, gostaria que me ensinasse a acreditar de novo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A maior verdade sobre o tempo.


Expectativas vs. Realidade

Todo o tempo nós caímos, não há só uma linha tênue entre expecativas e realidade, há um abismo inteiro. E quanto mais conhecemos a realidade mais vamos nos tornando enrijecidos, como uma crosta de carangueijo. Diferente da criança que éramos, aprendemos a desconfiar, a odiar, a julgar, o que deveria ser exatamente o oposto.



Obs: Eu sei que ninguém liga muito pra os meus posts. Talvez só meus amigos que cobram de vez em quando. Mas eu vou me retirar do mundo por um tempo, valeu, é sempre bom ouvir os comentários de vocês me elogiando, espero ser um jornalista com metade do dom de cada um de vocês que vem aqui escrever. Foi bom, mas não tá dando pra mim ultimamente. Obrigado :)
A vida é dura.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Terceiro ano, registro.

Uma certa música uma vez perguntou:

"E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz?

Quem então agora eu seria?"


Talvez pudéssemos olhar e sem pensar muito, responderíamos: "Hum, que boa ideia voltar, há tanta coisa que queria não ter feito, há tanta coisa que queria ter feito..."


Bobos os que pensarem dessa forma, pois se gastássemos mais alguns segundos perceberíamos que tudo o que foi feito, falado, que saiu errado, que nos deixo pra baixo, foi o que nos ensinou as lições. Não aprendemos que é bom ter um amigo quando estamos num bar sorrindo com ele, mas sim quando perdemos um pai, por exemplo, e sentimos aquele abraço sincero que nos faz decolar pra um lugar em paz, divino, alegre e confiante.

Somos tão jovens e tão velhos também, pois quantos de nós na nossa idade não estavam há décadas lutando pelo simples ato de pensar e falar?


Então é exatamente pelo fato de sermos tão jovens que deveríamos correr atrás dos nossos sonhos, quaisquer que sejam. Um pintor talvez? Uma banda? Um mochileiro? Seja lá o que for, é preciso ser feito, pois não adianta esperar pra viver no futuro enquanto a sua vida vai passando.


Sim, nós podemos e conseguiremos, e aos nossos pais? Acho que obrigado seria pouco diante de tudo que nos é dado. Pode até ser que não demonstremos o amor e a gratidão certas vezes, mas sabe como são os adolescentes... Complicados... Entretanto se estudamos e cuidamos de nós mesmos já é por vocês, nossos pais, que nos fazem valer a pena.


Eis que depois de todos esses anos se você se olhar no espelho talvez vá poder se orgulhar, ver o que se tornou, estará ali conjunto a tudo que lhe foi feito, feliz? Talvez, não se sabe ao certo o que significa felicidade, mas se sabe da busca por ela que já é magnífica, que já é viver.


É... E bem, se não se orgulhar, lembrem-se:

Somos tão jovens.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Meu pé de feijão.

Minha querida, eu posso te plantar nesse copo com algodão?
Talvez você germine e queira me abandonar... fico receoso..
Eu posso lhe dar água, um copo grande e largo, um bom algodão.
Mas não é exatamente isso que você quer, certo? Você quer..
Você quer algo mais, você só acha que quer isso, mas quando tem, ignora.
Parece que você prefere uma floresta onde pode germinar pro alto.
Enquanto meu pobre copo se torna descartável como tantos.
Minha querida, foi por que eu esqueci de lhe regar ontem a noite?
Você ainda se lembra de quando pensou que poderia viver apenas ali?
Ou a grandeza da floresta fez meu universo parecer nada?
Assim como outros copos que desprezou?
Eu ainda levo meu copo no bolso, com menos água, menos algodão.
Minha querida, você levou minhas sementes embora.
Ah que pena, parece que não vou nunca vencer a floresta
Ela cresce mais rápido e parece daqui mais verde.
Será se meu copo ainda parece belo como antes era?
Me pergunto pelo fato de ainda achar suas folhas lindas como o vento
Perfeitas como o quebrar das ondas..
Foi o tamanho do meu copo? O tanto de água? O mundo? Não foi eu?
Minha querida, você irá germinar, longe daqui.. longe de onde estou..
Quanto a mim? Talvez eu canse de esperar o sol nascer mais uma vez.

É... acho que a floresta me espera até um dia...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Feito passarim.

"É de lágrima
Que faço o mar pra navegar

Vamos lá

Eu não vi, não, final!

Sei que o daqui
Teimou de vir

Tenaz assim

Feito passarim"


Nós evitamos chorar, certo? Nós, pelo menos alguns de nós, até mesmo sentimentais, acabamos despencando em certos momentos, acabamos pisando em falso em certas ocasiões, e não há outra maneira quando olhamos e não vemos nenhuma solução a não ser chorar, deixar jorrar toda as gotículas que representam cada agulha que passa por dentro da nossa margura.

Não sei se evitamos por vergonha, se por ter forças o suficiente, se achamos chorar uma espécie de desistência, ou algo como sendo a última das ações. Não sei bem ao certo. Mas o grande fato é que até os mais grandes e fortes choram, pois todos nós temos um ponto fraco, temos uma coisa, que nos derrubaria com um simples ato. Alguns podem ler isso e afirmar não ter, podem afirmar que não possuem algo que os façam perder a calma e desabar em choro, mas tem sim, a vida constrói dentro de você, até que você não queira. Nós nascemos pra sermos ferrados pelo que já fizeram há um tempo por nossas costas.

Então se todos podemos chegar ao ponto de nos encontrarmos sem mais ações, sem mais o que fazer, poderíamos ficar confortados de não sermos os únicos nessa condição? Er.. bem, creio que não. As vezes até diminui a sua angústia, ver as pessoas que te entendem, ver coisas piores que a sua, porém você não odeia o fato de que a porcaria das merdas serem todas ao seu redor? Quero dizer, não tem certos momentos em que parece você o escolhido pra tomar no... Todos os acontecimentos, todas as linhas parecem um segmento de porcarias feitas por alguém e coisas que não estão nenhum pouco certas. Como mudar?

Tudo isso é como estar num barco que está prestes a afundar, ele está cheio de buracos e tripulantes, você é um desses tripulantes, você tenta tapar um buraco no seu lado, vai tentando tapar outros, e enquanto o que você vê são os outros desfrutando banho do sol que lhes resta e sendo servidos. E no dia em que você desistir de tapar os buracos, o sol brilhará um pouco, o suco será servido, mas dentro de alguns instantes irá acabar, e iremos todos afundar, afundar... afundar....

"É de mágica
Que eu dobro a vida em flor
Assim
E ao senhor de iludir
Manda avisar
Que esse daqui
Tem muito mais
Amor pra dar"

E aos interessados, se houver, estou de volta, hehe.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Post sobre algo que nem eu sei.

Eu sei lá se eu te amo.
Nunca pude imaginar isso enquanto estava apenas vendo o tempo passar e aspirando felicidade contigo. Mas agora que não tenho mais isso tudo e que se foi, vejo que o um grande espaço ficou e o sofrimento tomou conta dele, e ao calcular o tamanho desse espaço não consigo entender como pude ter gostado tanto, beirando quem sabe até o amor.

Mas sei lá se eu te amo.
Na verdade eu sei poucas coisas, na verdade eu queria aprender e não ensinar. Ou talvez queria me equiparar ao professor, a poder dividir minhas experiências com você porque todas elas cabem numa caixinha onde toda nossa história poderia ser colocada. O tamanho dela não importa porque até num simples pedaço de papel podemos ter a história de anos a fio.

Talvez tenha sido eu burro demais em achar que tentando mais uma vez eu ia encontrar tudo que eu precisava, a vida é um jogo que às vezes nem apostando todas as suas fichas você encontra o que você precisa. Pelo menos eu sei o que eu preciso... Isso me faz saber que a tua falta é a doença e motivo de tudo isso.

Nem fugir pra austrália num barco à vela me faria esquecer que nos conhecemos no mesmo dentista, que você me prometeu um banho de piscina, que eu tinha pensado em um monte de dedicatórias pra escrever na capa do seu livro. Mas sei lá...

Mas sei lá, se eu te amo...
Acho que se amasse não estaria escrevendo isso, estaria aí, estaria correndo na sua direção e me desvencilhando de todas as pessoas que poderiam entrar na minha frente, devo estar escrevendo isso por ser fraco demais.

E por ser fraco demais você escorregou da minha mão como a areia escorrega entre os dedos, e agora eu sou uma criancinha chorosa por não conseguir manter toda a areia que preciso nos meus punhos.

Na verdade, eu nem sei se eu te amo... acho que não.
Só sei que só gostava de mim do teu lado. E de mais ninguém.


Ps100: O mundo parece enorme e cruel sem você.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sol nascer quadrado...

Acho que esse blog poderia voltar a ser despretensioso e com um caráter humorístico como antigamente.. então.

Meu Nome Não é Johnny.

Assisti ontem, confesso que com um tempinho de atraso já que saiu ano passado e tem o Selton Mello que é fodão. Enfim vamos às críticas..

Acho que o filme aborda um assunto que é bem pertinente hoje em dia. Não é mais um filme sobre um traficante com caras armados correndo em corredores estreitos de uma favela brasileira, é uma história sobre recuperação de uma vida em decadência.

João Estrella era um playboy do tipo que eu até acharia legal como um amigo, mas nem de longe gostaria de seguir o estilo de vida dele. Ele se vicia e depois de um tempo acaba virando traficante, primeiro pra ter dinheiro pra comprar o seu, depois começa a ficar ambicioso...

Um dia desses conversando com minha tia, ela falou o seguinte "Esses bandido tem que manda matátudo". Acho que eu deveria ter ficado calado. Me estressei de verdade.
Acho que a função da sociedade que corrompe os bandidos é com certeza prover uma recuperação à eles.
Ok eu sei que isso na teoria é lindo com arco-íris e todos de mãos dadas na prisão da maneira mais teletubbie possível.

Porém a vida não é uma utopia garotinhos. Na prisão você só se fode mais ou fode mais alguém/alguma coisa. Tendo em vista os recursos mal usados e mal distribuídos no país, somos alimentados por 'bolsas miséria' que servem como ópio para o povo. Quando os investimentos deveriam ser revestidos quase todos em educação... Um ladrão, se tivesse educação, dificilmente se tornaria um ladrão.
Acho que muitos já passaram do pior, e alguns anos na prisão não mudam a situação de forma que eles se sensibilizem, mas quem somos nós, a não ser cidadãos tão oprimidos quanto, para atirar pedras nos criminosos?


Pedras pro Sarney. Tenho dito.

"Tava escrito nos jornais, Bandido Johnny é preso.. Meu nome não é Johnny, é João.."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Oi. (E o valor da vida)


O xico(ou Fii como vocês chamam né) vai ficar um tempo sem postar, se eu não me engano, então a budega aqui é minha e agora faço dela o que quero, auhauhaua, então se preparem porque eu sou chato pra caramba e vou postar direto.

Não sei se eu tô em estado pra postar, ando meio deprimido, mas esse post vem sendo adiado tem algumas semanas e eu gostaria de partilhá-lo com vocês.. lá vai.

29/09/09

Esse post na verdade é uma tremenda coincidência. Antes de acontecerem as perdas dessa semana já havia pensado em falar sobre isso...
É basicamente sobre o quanto custa uma vida.
Andei pensando, tentando me colocar no lugar de Deus e refletir sobre as prioridades da vida e se alguém é melhor que outro alguém.

As pessoas são apagadas da nossa memória muito facilmente, e depois da sua morte isso fica ainda mais fácil.
O que seria mais justo, a morte de um idoso no fim da vida ou de uma criancinha recém nascida? É esse tipo de questão que eu acho pertinente ser discutida. Basicamente todos nós temos uma chance de morrer, talvez sem ter nunca amado, sem ter nunca feito sexo, sem ter nunca lido um livro. Por outro lado, a gente nunca quer morrer, então o idoso deveria morrer?



É, isso é complicado.
E vocês, que valores atribuem à vida? Escolheriam o idoso ou a criança?

Ah, oi.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Até um dia.


Nós nunca sabemos quando vamos ter que dizer Adeus, ou se ao menos poderemos dizer. Então raciocine menos.

Good,bye.

domingo, 1 de novembro de 2009

Pensamentos

É... andei pensando, e acho que eu talvez só escreva quando estou triste ou desanimado, pelo menos de uma forma realmente boa.. Ou seja quando as atualiazações demoram é porque estou numa fase legal, uma fase ok, sem muitas coisas pra desanimar, sem tanto pra pensar. Acho que as vezes me canso um pouco de tudo ao meu redor. Extremamente tudo. As vezes queria encontrar as respostas que tanto me confundem.

Gosto de ficar pensando um pouco sobre destino, sobre o que uma simples ação, um simples detalhe poderia ter mudado em um curso de uma história inteira. Grande fato é que exatamente agora me sinto exausto. Talvez acorde melhor amanhã. Talvez não. Nem sei o real motivo de escrever essas coisas aqui, quero dizer, por que isso me ajudaria?

Provavelmente eu ainda tenho a esperança de que alguém leia e possa me entender. Eu sou um grande complexo, difícil me compreender, não tão assim, basta ter força de vontade. Poderia transformar esse post em uma conversa triste regada a álcool num lugar bonito enquanto uma cama quente e preenchida me esperasse, poderia? É, acho que não.

E se eu dissesse que os meus dias tem sido como o final do último episódio do meu seriado favorito?
Eu li um diálogo que me chamou atenção vou tentar rescrevê-lo:
- Não sei, acho que estou numa fase realmente ruim, não sei como pensar dessa forma.
- Uma fase ruim? Então meus parabéns filho, logo logo virá uma boa maré pra você(...)

É incrível como escrever é bom, seria bom ter atenção as minhas palavras. Entretanto talvez tanto faz. Espero um dia poder ler tudo que já escrevi.


"Desconfiado das relações humanas e influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura."

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Auto-estima.

Talvez nosso melhor estado emocional seja quando apenas a nossa companhia basta, quando estando sozinhos nós podemos ficar bem, quando nossa auto-estima está um pouco elevada, estamos nos sentindo bem estando sós. A relação de dependência é algo que nos desgasta e leva a derivadas decepções, por isso ter uma auto-estima elevada, é uma habilidade indispensável pra se sobreviver nessa nossa selva.

Todavia, é preciso tomar cuidado pra auto-estima não se tornar convencimento, não nos tornamos bons demais pro mundo, pois acho que é daí que vai vir a real solidão, quando mesmo que sem querer nossa vaidade afastar todos de se aproximarem de nós. Grande verdade seja dita, é que praticamente tudo na vida deve ser dosado, cuidado, medido, as coisas devem estar sempre certas. Nada pouco demais e nem muito demais pra que nós possamos chegar a bons momentos.

Bastante complexo dosarmos todas nossas ações, nossos momentos, é bem difícil mesmo, por isso só vamos aprendendo com o tempo e mancando as vezes, normal. Ter uma auto-estima elevada nos ajuda a encarar os erros com mais forças, não se deixar abater facilmente é uma boa virtude, difícil de ser encontrada. Sejamos humildes, mas sejamos suficientes.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Amor da minha vida.

Já devo ter mencionado para todos que já leram algo por aqui que eu admiro o romantismo, não é?
Pois bem, depois de uma conversa com um amigo meu, ficou o pensamento na minha cabeça sobre o conceito, termo, não sei ao certo, de "amor da minha vida". Fiquei refletindo sobre o que seria exatamente, sobre se existiria, se encontraríamos, se não, se sim. Enfim.

Eu considero que amor da vida, seja aquela pessoa que queira ficar contigo pra sempre, sabe que é como se fosse ligada a ti? Como a sua mãe que não te largaria nunca porque vocês são ligados, são um do outro. Não sei se existe realmente isso entre duas pessoas, mas acredito que sim. Creio que podem sim duas pessoas se encontrarem, se completarem e verem uma na outra o que elas querem ter, ou até mesmo idealizar, mas só naquela pessoa, como alguém pra a vida toda.

Problema que a maioria das pessoas não querem decidir a vida amorosa tão cedo, acho que quase ninguém, bem, eu acho que estou incluído, mas nem por isso fugiria de um amor, ou algo do tipo por medo de me privar de outras relações amorosas. Mas e se existir o amor da sua vida? Onde será que está? Qual diferença faria? Você largaria algo pra assumir a sua vida? Você acreditaria? Você se sentiria feliz?

"Sofro por saber que não sou eu quem vai te convencer
Que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer

E eu fico sozinho, esperando por você, meu bem-querer


Pois eu, eu só penso em você

Já não sei mais porque

Em ti eu consigo encontrar

Um caminho, um motivo, um lugar

Pra eu poder repousar meu amor"

Espero que meu amor esteja por aí me esperando, pois eu acho que quem sabe podemos até tentar viver só de amor, o resto é a consequência. Eu sei, não sejamos utópicos, não se pode viver apenas de amor, entretanto, podemos viver para amar, amar quem nos cuida, quem nos tem como a metade que lhe faltava.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sentir.

Queria poder me descansar sobre as pedras de um lago.
O céu estaria nublado e estaria sempre prestes a chover
Com meus pés elevados apontando para o infinito cinza azulado
Um pouco de vento que balançaria os meus fios de cabelos.

Eu poderia sentir o cheiro da comida estando quase pronta
Cheirava a algo como café, café fresco, com cheiro de creme
Ouvindo uma melodia que ecoava longe, uma melodia natural
Cantavam-se alguns la-la-las enquanto minha cabeça descansava.

Então eu estaria voando, voando como todo mundo
Estaria em paz, sem todos esses desenhos em mim
Sem todas essas marcas penetradas, apenas com a minha pele
Estaria com os olhos fechados, não enxergaria mais nada.

Depois de passar algum tempo, choveria, choveria forte.
Eu correria entre a estrada onde as árvores eram altas demais
Tudo era muito verde, eu não via a hora de te encontrar
Então eu te via, na nossa casa de vidro e madeira.

Você segurava o café enquanto eu, bem.. eu segurava meu coração
Na esperança misturada com medo de ele não caber mais em mim, de tanto amor.

domingo, 25 de outubro de 2009

"A escolha foi minha, eu não pensei o bastante"

"Eu nunca pensei que morreria só
Daqui a seis meses me esquecerão
Dê todas as minhas coisas pra todos os meus amigos
Você nunca mais colocará o pé no meu quarto

Você irá fechá-lo com tábuas e pregos

Lembra a época em que eu derramei o copo

De suco de maçã no corredor

Por favor diga a minha mãe que não é culpa dela"

Suícidio é um assunto que nos últimos tempos tem se tornado bastante corriqueiro, um assunto bastante complexo, porém que a maioria das pessoas tem a mesma opinião sobre ele. Dias passados estava a ler a história de um dos ídolos que venero tanto, hehe, que teve como trágico fim o suícidio. Venhamos e convenhamos, não sei se existe como ver de um lado positivo o suícidio, ele é uma espécie de fuga, de desistência, é como achar que vai conseguir fugir dos problemas pra sempre, problema mesmo é que ninguém sabe o que tem depois da morte.

Mas é provável que ao invés de fuga, essas pessoas estavam apenas sem metas, sem vontade, sem um porquê pra continuar vivendo. É complicado enxergarmos porquês pra continuarmos a lutar e continuarmos a acreditar no nosso sucesso e tudo que nós achamos que seja bom pra nós mesmos. Difícil é, porque tem muita coisa pequena que nós não valorizamos, normalmente tendemos a pensar com uma cabeça pequeninha, sem ver as consequências, as coisas ao redor, pensando que nossos atos apenas nos afetarão. Grande engano, pois são poucas as pessoas que não afetam os outros e ainda mais tirando a própria vida.

Uma coisa é certa, suícidio não deve ser encarado como solução. Podemos condená-los de fracos, podemos não entender porque eles fizeram isso, mas é com quase certeza que afirmaremos que os problemas das pessoas não se resolveram, talvez até ficaram por aqui afetando as pessoas que gostavam dessa pessoa. Se chegarmos a um momento que nós passamos a pensar de uma forma certa sobre o que fazemos, não digo pra pensarmos demais, porque quem pensa muito, pouco faz, mas digo pra pensarmos um pouco mais nas consequências, talvez pudéssemos ser mais felizes. Você tem o direito de talvez se fazer sofrer, mas de fazer alguém sofrer não deve haver nada que lhe dê isso.


"Eu nunca conquistei, raramente apareci
Mas o amanhã guarda dias melhores
Dias em que eu ainda possa me sentir vivo
Em que eu mal posso esperar pra sair lá fora
O mundo é grande, o tempo passa
A viajem acabou, eu sobrevivi
E eu mal posso esperar até chegar em casa
Para passar o tempo no meu quarto sozinho"

Ando pensando se a vida seria melhor com mais respostas ou com mais perguntas.

sábado, 24 de outubro de 2009

Apenas entender, apenas o romance.

Seria ridículo ou burro se eu disser que me perco na imensidão negra dos seus olhos? Você sorriria comigo ou de mim? São tantas questões, não é? Eu sei, também sei que nenhuma delas eu posso responder. Mas se eu te dissesse que tudo que sai de mim é verdade? Você teria coragem? Se eu eliminasse todos os "se", seria melhor? Se eu soubesse ler sua mente, talvez? Querida, querida, gostaria de apenas entendê-la as vezes. Nada além, nada a mais.

"Você está solitária hoje?

Sente minha falta esta noite?
Sente por nós termos nos distanciados?
Sua memória te leva para um claro dia ensolarado,
quando eu lhe beijei a lhe chamei de querida?
As cadeiras de sua sala parecem vazias e sem propósito?
Você olha para a porta e me imagina ali?
Seu coração está cheio de dor? será que eu voltarei?
Diga-me querida, você está solitária hoje?

Eu me pergunto se você está solitária hoje...
Sabe, alguém disse que o mundo é um palco
e cada um deve atuar o seu papel
O destino me fez atuar tendo você como minha amada
o primeiro ato foi quando nos conhecemos, te amei á primeira vista
você leu suas falas tão brilhantemente e nunca perdeu uma deixa
então veio o ato dois, você parecia diferente e atuou estranhamente
e o porque, eu nunca irei saber
Querida, você mentiu quando disse que me amava
E eu não tinha razão para duvidar de você
Mas eu prefiro continuar ouvindo suas mentiras a viver sem você
Agora o palco está inutilizado e eu estou aqui parado
Com o vazio á minha volta
E se você não irá voltar pra mim
Então faça com que baixem as cortinas



Seu coração está cheio de dor? Será que eu voltarei?
Diga-me querida, você está solitária está noite? "

Dilema da Cidade.


Wikipédia diz : "Uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas."

Tenho pensado muito sobre a loucura da cidade ultimamente. Ou talvez seja o calor fritando meu cérebro, qualquer coisa. Mas esse é para quem se sente uma laranja numa macieira. 

Toda essa loucura, esquecer as chaves, buzinas de automóveis, queria que minha esquina fosse uma praia. Eu sei que não sou só eu que me sinto assim, um prisioneiro do cheiro do escapamento, talvez eu nem more numa cidade muito grande mas já me incomoda, e acho que todos nós deveríamos falar quando nos sentimos incomodados, afinal, os incômodos são as engrenagens das mudanças.

Queria pelo menos ter audácia de fugir, bah, nem isso consigo mais, estamos virando conformistas, acostumados com a futilidade e vendo nossa vida parecer um shopping center onde você respeita quem tem mais sacolas na mão. 

Não sei se o mar é um bom lugar. Mas queria velejar e ver se o mundo lá fora é de verdade, ou se veneza na verdadefoi um alagamento em Campos Sales, ou se o Cristo Redentor é uma montagem de photoshop.

Mas daí eu lembro que tem gente que talvez precise de ajuda pra revindicar o que as incomoda.. é aí que eu fico.

Ps.: Não sei se alguns de vocês repararam, mas o blog tem dois donos, eu e o Fii, daí quando vocês forem responder algum de nós, olhem quem postou :), thanks.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O lago.

- Combinado então amanhã?
- Ok amigo, aparece as 15:00 então.
- Até amanhã
- Até

Ele está parado agora vendo seu amigo entrar num carro com as portas pretas. Está quase anoitecendo. As luzes traseiras são vermelhas e parecem mais fortes a cada passo que o entardecer se torna anoitecer. Ele vira a sua cabeça para o outro lado, arruma as suas coisas, a bolsa está bem mais leve hoje, segue pelo mesmo caminho do carro, porém andando e vendo o carro desaparecer na direção da rua aos poucos. Ele olha para os pés calçados e então vem a sua cabeça vários e vários pensamentos, ele pensa consigo mesmo:
- É.. parece que mais uma vez esse caminho vai ser feito.

Sua mente está tão parada, tão entediada de tudo. Ele tem pensado ultimamente com tanta frequência sobre o passado que acabou de perceber que tem vivido por lembranças passadas. Como se a vida dele tivesse estacionado, e todas as atrações atuais não passassem de apenas repetições de números antes apresentados e que pensara ele ter se livrado. Suas pernas estão cansadas, não tanto quanto suas emoções. Ele está quase chegando em casa.

Chegou. Abre a porta, fecha a porta. Segue em direção ao seu quarto. Deita-se. Sonha. No seu sonho ele está flutuando sobre a sua cama e sob seu corpo passam águas de um mar frio e veloz, enquanto ele ouve o som dos passáros, seus cabelos estão maiores, suas roupas estão em maior número. Ele desperta, ainda no sonho. Suado. Levanta. Se senta. Começa a passar a mão na sua cabeça e percebe estar num lago. Ele pensa e pensa, mas a única conclusão que chega é que está tudo como um lago. Tudo parado. O mar que antes costumava a carregá-lo agora o fez desaguar nesse lago, obscuro, frio, parado. Ele olha para os lados na esperança de encontrar algum barco. Mais algumas olhadas ao horizonte, ele enxerga terra. Tenta nadar, mas em vão. Então desiste, inerte, parado, olhando para os lados na esperança de que alguém pule no lago e segure sua mão até um lugar seguro. Ele flutua, espera.. espera.. espera..

"Sabe, alguém me disse que o mundo é um palco
E cada um deve atuar o seu papel.."

Esses foram um dos últimos versos que ele ouviu até adormecer mais uma vez.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tem horas que..

Eu acho que queria estar em outro lugar, fazendo outras coisas, sem ninguém me cobrando sorrisos, ou animação. Queria não ter que sempre ter expectativas pra alcançar, sem ter que sempre fazer muito pra receber. Sei lá, alguns momentos vem a vontade de saber como seria a vida se as coisas fossem mais fáceis pra mim. Esse post não é nada de mais, só quis escrevê-lo porque estou muito sem tempo, nem consigo tempo pra responder comentários, ou acompanhar o blog das pessoas que eu acho legais. Mas vou tentar não reclamar. Se eu tiver leitores assíduos mesmo, considerem esse post como uma conversa entre nós, ok?

Espero que neve nos dias de vocês e que cada floco seja uma novidade boa e cada calafrio seja uma coisa ruim que se foi, que se esqueceu e que cada agasalho seja uma pessoa que te ama perto de você te cuidando e te fortalecendo. Espero que neve alegria nas nossas respostas ao mundo.

Olhe pra mim a procurar esse sol que teima de nunca chegar, pra me aquecer, me tirar, me entorpecer, me livrar, me libertar.

Vocês são os únicos que sabem.



"Num lugar estranho, a graça salvadora era o sentimento,
Que era o coração dela que ele estava roubando,
Oh ele estava pronto para impressionar
E a empolgação intensa,
Os olhos são brilhantes
Ele não podia esperar para ir embora,
Aposto que a Julieta era só o glacê no bolo,
Não cometa um erro, não

E mesmo que de alguma forma
Nós pudéssemos ter mostrado a você o lugar que queria,
Bem, eu tenho certeza que você poderia ter feito um pouco
melhor, por você mesma

E aposto que ela contou para um milhão de pessoas
Que manteria contato,
Mas, todas as pequenas promessas
Elas não significam muito
Quando há memórias a serem feitas,
E eu espero que estejam de mãos dadas no ano novo,
Eles fizeram com que fosse fácil demais acreditar,
Que não se pode conseguir um romance verdadeiro hoje
em dia

E mesmo se de alguma forma
Nós pudéssemos ter mostrado a você o lugar que queria,
Bem, eu tenho certeza que você podia ter feito um pouco melhor, por você mesma,
Vocês são os únicos que sabem."

Não é esquisito que você em certos momentos queira apenas se calar?
Não é esquisito que você em certos momentos não faz nada além de pensar?
Não é esquisito que você possa acreditar que mesmo agora não estando, um bem irá ficar?
Não é esquisito que você passse a andar enquanto outros passem a voar?
Não é esquisito que você não tenha as coisas que te façam bem?
Não é esquisito que você não saiba mais o que é que você precisa?
Não é esquisito que você esteja confuso e sem respostas?
Não é esquisito que você talvez falhe por não ser como os outros?
Não é esquisito que você continue agindo mesmo que não olhem?
Não é esquisito que você seja ignorado agora e depois?
Não é esquisito que você não saiba mais o que fazer?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O bom é poder enxergar ao pensar.

Quando você vê uma cena, uma foto, talvez não perceba, mas a beleza está em cada detalhe que pra você passa como uma coisa qualquer. Quando se tem uma memória, uma memória bonita, normalmente nós buscamos detalhes que as tornam únicas, que as narrem como especiais e importantes. O jeito como estava, a cor da roupa, as atitudes, a música que tocou. Os detalhes fazem a mágica acontecer.

Você está sempre a procura de alguém que estará sujeita aos seus conceitos pra julgá-lo perfeito, mas o belo, o bom é quando a força do amor faz com que ao invés de encontrar o que queremos, nós passemos a querer o que encontramos, e assim fica tudo inexplicável, único, bonito e incansável. Como muitos sabem nós normalmente não sabemos o que precisamos, talvez só o que achamos que queremos e isso vai muito além de nós, dos conceitos, das barreiras que criamos, tudo pode mudar, o mundo gira a todo instante.

Existe alguma coisa na palavra "talvez" que me persegue, que me encanta, sou a pessoa das incertezas, adoro uma corda bamba, uma ponte prestes a cair, um perigo a vista. Adoro ir dormir sem saber o que irá acontecer amanhã, gosto apenas de boas perspectivas, mas prefiro que não me contem o que irá acontecer. É provável que por isso me chamem de doido, sonhador e que não me sigam, mas eu sei que o meu "talvez" vai me levar a tantos lugares, vou espalhar tanto o que há de bom aqui em mim, que não é pouco, quem sabe eu realmente consiga os meus "talvez", prefiro pensar dessa forma, a me conformar com uma mesa quadrada e um quarto frio com uniformes a serem vestidos.

"Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade"